Nessa quinta, 24 de junho, recebemos a triste notícia de que Marcelo, terceirizado do Restaurante Universitário da Unicamp, faleceu devido a Covid-19, toda nossa solidariedade à família, amigos e companheiros de trabalho.
sexta-feira 25 de junho de 2021 | Edição do dia
Em meio às UTIs lotadas no município de Campinas, o Esquerda Diário recebeu a triste notícia de que mais um trabalhador do ‘bandejão’ foi vítima da Covid-19. Marcelo estava de férias, mas como tantos trabalhadores essenciais da universidade (maioria terceirizados), seguiu trabalhando durante toda a pandemia sem receber vacina e proteção adequada por parte da Reitoria da Unicamp. Hoje, os estudantes e funcionários da Unicamp se despedem de mais um funcionário do Restaurante.
Já são três mortes em 2021 no bandejão da Unicamp, onde os funcionários não possuem nenhuma perspectiva de se vacinarem a não ser no demagógico plano por idades do governo do Estado de São Paulo, enquanto isso, não havia fase vermelha ou roxa que fizesse o restaurante universitário parar. Perto do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, Lurdes e Edvânia, duas terceirizadas do restaurante também morreram em decorrência da Covid, por elas e pelos milhares de mortos o Esquerda Diário foi porta-voz de uma campanha em prol de maior segurança sanitária para os terceirizados da Unicamp.
Como se não bastasse as terceirizadas terem seguido trabalhando e morrendo durante a pandemia, não há nenhuma segurança de que permancerão no emprego: uma licitação que colocará uma empresa no lugar da atual Funcamp (Fundação privada gerida pela Unicamp) para administrar os Restaurantes Universitários pode deixar todas as trabalhadoras terceirizadas sem emprego. Por isso o Esquerda Diário, em conjunto com a Juventude Faísca, seguirá denunciando e lutando para que os trabalhadores tenham condições dignas de higiene e trabalho. Por Marcelo, Lurdes e Edvânia gritamos Basta!
