Ainda sem os efeitos da PEC 241 que congelam o orçamento da saúde e educação pública por 20 anos, os dados apresentados pelo Movimento Todos pela Educação baseado na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 é chocante. São cerca de 41,5% dos jovens de 19 anos que não concluíram o ensino médio e ao menos 2,4 milhões de 4 a 17 anos que permanecem fora da escola.
quinta-feira 6 de abril de 2017 | Edição do dia
Embora o índice de jovens estudando tenha evoluído em relação a 2005, quando o percentual era de 89,5%, e o indice de matrículas de crianças de 4 e 5 anos tenha crescido, passando de 72,5%, em 2005, para 90,5% em 2015, esses avanços nos últimos anos eram muito lentos e já preocupavam especialistas. Hoje com a serie de ataques que o governo golpista de Temer vem aplicando, como a reforma do Ensino Médio, a PEC 241 e a terceirização, sabemos o lugar da juventude no país: nos trabalhos mais precários, sem direitos trabalhistas, sem formação crítica e chances de cursar uma universidade pública.
A realidade da educação já é bastante trágica, onde faltam nas escolas uniformes, merenda, giz e até papel higiênico. Os professores cada vez mais precarizados, sendo ameaçados por projetos como Escola Sem Partido, que visa controlar o conteúdo lecionado pelos trabalhadores e a juventude sem direito a construir um futuro. Por isso que a Faísca - Anticapitalista e Revolucionária - vem nas escolas e nas universidades lutando ao lado dos trabalhadores da educação para que o direito a estudar seja garantido com a luta contra a reforma do Ensino Médio, pelo fim do vestibular onde as pessoas tenham acesso irrestrito a universidade e todos os espaços de conhecimento e que os próprios estudantes e trabalhadores possam definir os currículos e a organização dos espaços de estudo para que estejam a serviço da população e não dos grandes empresários ou políticos da ordem.
