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UNICAMP CONTRA BOLSONARO | Mais de 20 cursos da Unicamp paralisam essa semana contra Bolsonaro

Nesta quarta-feira, 20, diversos cursos estão em atividades de paralisação para debater a organização necessária para derrotar a extrema-direita e Bolsonaro.

quarta-feira 24 de outubro de 2018 | Edição do dia

A luta contra a extrema-direita passou a ser organizada na Unicamp logo após o primeiro turno, com alguns cursos dando início a paralisações, panfletagens e manifestações, como a que reuniu cerca de 1000 pessoas na última semana em frente ao terminal de ônibus próximo a universidade.

Nos dias que se seguiram, diversos cursos aderirem aos dias de paralisação aprovados em assembleia geral, e já começam a organizar embriões de comitês de mobilização, que podem ser um importante ponto de apoio para que a luta contra a extrema-direita se estenda para depois do resultado das urnas.

Estão paralisados nessa quarta-feira, 20, os cursos de Geologia, Geografia, Economia, Dança, Midialogia, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Farmácia, Estudos Literários, Linguística, Letras, Ciências Sociais, História, Filosofia, Biologia, Educação Física, Engenharia Mecânica e Mecatrônica, Engenharia Agrícola, Pedagogia, Engenharia Química, Engenharia Elétrica.

Alguns desses cursos paralisaram até sexta-feira, outros até o começo da próxima semana, com perspectiva de seguirem se organizando a partir do que for definido nas urnas deste domingo. Uma grande disposição de mobilização que não se via desde a greve de 2016, quando praticamente todos os cursos entraram em greve e ocuparam a reitoria denunciando o golpe e arrancaram as cotas étnico-raciais.

Além disso, se trata de uma luta que contesta toda a arbitrariedade da própria reitoria, que censurou a faixa da juventude Faísca contra Bolsonaro defendendo a "pluralidade de ideias", que vem coibindo as festas junto ao MPF enquanto segue a perseguição e punição aos estudantes que fizeram greve em 2016.

Essa força deve servir para fortalecer os comitês como mecanismo de autoorganização dos estudantes e expandi-los por todos os cursos, com a perspectiva de que sejam milhares pelo país, exigindo da UNE que organize esses comitês em cada universidade e escola, inclusive repudiando a censura que o TSE impôs contra a entidade de se posicionar contra o proto-fascista Jair Bolsonaro (PSL).

A força da juventude organizada pode servir para se ligar com os trabalhadores para se enfrentar com os ataques à educação e as reformas escravistas que Bolsonaro junto a Paulo Guedes querem impor enquanto uma continuidade selvagem e repressiva do governo Temer, defendendo as entidades estudantis e os sindicatos de qualquer atentado autoritário de seu eventual governo e de seus asceclas.




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