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GOVERNO BOLSONARO | Maia se entusiasma com pacotaço de ataques e afirma empenho maior do que na Previdência

Em entrevista, Maia afirma máxima dedicação para aprovar pacotaço de ataques, proposto por Guedes e Bolsonaro, e tenta convencer que a redução de salários é o melhor para todo o brasileiro.

sexta-feira 8 de novembro de 2019 | Edição do dia

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Em entrevista realizada à Folha, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sinalizou seu entusiasmo com o conjunto de ataques propostos por Paulo Guedes, em nome do governo, nesta terça (5). Quando questionado sobre seu engajamento pela aprovação dos ataques afirmou “Vou me empenhar tanto ou mais. Eu acho que a proposta é ambiciosa, mas a gente precisa estar empenhado nela. O que eu puder fazer para ajudar o Davi [Alcolumbre, presidente do Senado], como ele me ajudou na Reforma da Previdência, estou a disposição”.

O projeto nomeado “Plano Mais Brasil” apresenta uma série de alterações na constituição visando a garantia do pagamento da dívida pública a bancos e acionistas em troca de acabar com o valor fixo destinado a saúde e educação, sendo postos em pasta única. Além disto, pretende retirar direitos e até mesmo reduzir diretamente o salário de servidores públicos com base na redução de jornada, fato que, como de praxe, acaba sendo aplicado a servidores de nível mais baixo, enquanto os de alto escalão se mantém ilesos.

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Logo quando apresentado, o projeto recebeu críticas da Confederação e Associação de Prefeitos pelo ponto que levaria a extinção de municípios. Frente a isto, parlamentares sinalizaram resistência a aprovação da PEC na Câmara já que aliados políticos e cabos eleitorais, fixados em prefeituras municipais, poderiam perder seus cargos. Ao tema, Maia respondeu que tratará com diálogo e acordos com seus companheiros de parlamento, mas já quanto a importante e polêmica questão de redução de salários e jornadas trata com ameaças. "É melhor para o servidor, ou então vão sobrar as opções de não pagar o salário ou demitir."

Maia desenha o Brasil que defende. Um país que não poupa esforços em oferecer garantias aos mais ricos, em especial estrangeiros, de que terão suas margens de lucro intactas e com caminho aberto para aumentar. Que dialoga com elites políticas em defesa de cargos de cabide e currais eleitorais e ameaça os trabalhadores. Em conjunto com Guedes e Bolsonaro, descarrega a crise nas costas dos trabalhadores e população pobre e se pinta, quando lhe convém, de grande articulador para mostrar a elite que está comprometido com seu lado.




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