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REFORMAS | Maia articula plano de continuidade de implementação de ataques aos trabalhadores

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, reafirmou na videoconferência de Bolsonaro com os governadores que após a crise do coronavírus vai dar continuidade à aprovação das reformas administrativa e tributária.

sexta-feira 22 de maio de 2020 | Edição do dia

A continuidade do descarrego da crise nas costas dos trabalhadores já tinha sido afirmada por Maia no início do mês, e até meses antes, inclusive demonstrando confiança de que pretende que essas reformas tenham o mesmo desfecho da Reforma da Previdência, ou seja, sejam aprovadas.

Para Maia, há espaço político na Câmara para essas discussões para o próximo semestre. E sobre a relação Câmara-Executivo, disse que: “Nesse segundo momento, vamos ter mais um papel de muito diálogo com a equipe econômica do que uma posição mais pró-ativa. Tenho certeza de que o Parlamento e a Câmara conseguiram construir matérias fundamentais”. O que indica é que, se depender de Maia, é que seja mantida a unidade nos ataques, como vimos com a Reforma da Previdência. Sua avaliação é de que vê como positivo a postura do Planalto de aproximação com o Centrão, porque está preocupado aparentemente com a "gestão da crise".

A verdade é que não se pode confiar em Maia. Se Bolsonaro descarrega negacionismo, colabora para a abertura de mais e mais valas comuns para que enterremos nossos mortos, diante das disputas das alas do governo, são os trabalhadores e o povo pobre que pagam pela crise e essa corja quer que continuemos pagando depois do "pós-crise" do coronavírus.

Para agora, é necessário EPI’s para todos trabalhadores da linha de frente, contratações emergenciais, liberação com salário de trabalhos não essenciais, liberação imediata de R$2mil a todos que não tenham renda (para que tenham condições de realizar isolamento social), assim como realizar imediatamente a reconversão das indústrias sob controle dos trabalhadores para produzir respiradores e todos insumos necessários.

E o que se demonstra com o plano dos capitalistas e seus representantes políticos é que é não podemos confiar em nenhum deles. Por isso, Fora Bolsonaro, Mourão e militares, sem confiar em Maia, Alcolumbre, Toffoli, Doria ou Witzel que coloca sua PM para assassinar jovens negros nas favelas cariocas durante entrega de cestas básicas. É necessário um polo de esquerda com uma resposta independente dessa corja, construindo-a nos locais de trabalho e nas redes sociais.

E na verdade, quem deveria decidir os rumos do país deveria ser o povo, por uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana, sem a tutela e veto de nenhum dos 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), com delegados eleitos pelo sufrágio universal, e onde trabalhadores e trabalhadoras brasileiras possam lutar pelas demandas que realmente atendem às necessidades da população. Precisamos mudar as regras desse jogo que tem como objetivo de todos os governantes: fazer os trabalhadores pagarem com as próprias vidas por essa crise.




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