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CORONAVÍRUS NAS PERIFERIAS | Mães solo são obrigadas a acordar mais tarde para não passar fome com seus filhos

A afirmação de Renata foi “Se não morremos pelo vírus, morremos pela fome”, o que retrata maneira como o atual governo coloca moradoras e moradores da periferia a própria sorte para enfrentar a pandemia, com o discurso de colocar em primeiro lugar a economia e os lucros dos grandes capitalistas em primeiro plano mesmo que isso custe nossas próprias vidas.

terça-feira 7 de abril de 2020 | Edição do dia

Na espera pelo auxílio de 600 a 1200 reais, da qual sua liberação está sendo cada dia mais procrastinada por Bolsonaro, enquanto este aplica ataques em cima do povo trabalhador e favorece os patrões com medidas para salvar a economia, as mães de família moradoras das periferias se encontram em situações desumanas tendo que fazer seus filhos dormirem até mais tarde para que não sintam fome.

Em um dos casos divulgados sobre esse tipo de situação está o de Paula Renata dos Santos, moradora da favela dos Nove, na Vila Leopoldina na zona oeste de São Paulo. O local foi cenário de uma recente tragédia causada por uma enchente que acabou por reduzir as já degradadas condições de vida de 270 famílias, que perderam o pouco que tinham no início de fevereiro em mais um episódio de enchente que acabou por deixar a capital submersa.

A afirmação de Renata foi “Se não morremos pelo vírus, morremos pela fome”, o que retrata maneira como o atual governo coloca moradoras e moradores da periferia a própria sorte para enfrentar a pandemia, com o discurso de colocar em primeiro lugar a economia e os lucros dos grandes capitalistas em primeiro plano mesmo que isso custe nossas próprias vidas.

O pequeno auxílio de 600 reais do qual Bolsonaro está procrastinando o pagamento chega algo ofensivo quando nos referimos aos valores gastos pelos brasileiros pobres com alimentação, aluguel, conta de água, conta de luz e serviços de comunicação como internet e recargas de celular, sendo esses últimos os menos acessíveis a grande parcela da população.

Em média, caberia ao governo liberar um auxílio mínimo de 2000 reais para cada pessoa, já que essa é a média salarial formal da população. Pra além disso, é necessário que se congelem os preços dos alimentos e dos produtos de higiene, junto também da isenção das contas de aluguel, água e luz, bem como isenção das despesas com recargas de celular e pagamento de internet.

Somente a auto organização dos trabalhadores em seus locais de trabalho, tramando uma verdadeira batalha para colocar a produção das fábricas a favor do combate à pandemia para garantir materiais como máscaras, álcool em gel, juntamente com os trabalhadores de infraestrutura urbana e saúde para garantir a manutenção de espaços que tenham saneamento arriscado e cuidados hospitalares pode dar resposta ao problema.




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