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APOIO INTERNACIONAL AO GOLPE | Macri, presidente da Argentina, se apressa em legitimar o golpe no Brasil

Direita argentina comemora e é o primeiro país a se posicionar a favor do golpe institucional. Um governo da direita brasileira dirigido por Michel Temer se alinhará quase que por completo com o plano aplicado por Macri desde que ascendeu ao poder em dezembro de 2015: implacáveis ataques aos trabalhadores e ao povo pobre frente a crise econômica internacional.

quinta-feira 12 de maio de 2016 | Edição do dia

Poucas horas depois de encerrada a votação no Senado, o governo argentino declarou “respeitar” o processo de impeachment que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da presidência. Foi o primeiro país a se posicionar a favor do golpe institucional. Um governo da direita brasileira dirigido por Michel Temer se alinhará quase que por completo com o plano aplicado por Macri desde que ascendeu ao poder em dezembro de 2015: implacáveis ataques aos trabalhadores e ao povo pobre frente a crise econômica internacional.

No começo da manhã desta quinta-feira, 12, a chanceler (ministra do Exterior) da Argentina, Susana Malcorra, por meio de mensagem no twitter, divulgou a posição do governo dirigido por Maurício Macri: “Diante dos fatos registrados no Brasil, o Governo da Argentina manifesta que respeita o processo institucional em curso e confia em que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira. O Governo Argentino continuará dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional”.

O posicionamento do governo argentino a favor do golpe institucional aplicado pela direita brasileira já havia se expressado na atuação de Macri para barrar as tentativas de Evo Morales de votar no Mercosul e na Unasur posições contrárias ao impeachment de Dilma. O governo do Chile também reagiu à votação expressando “preocupação” gerada na região pelo cenário incerto que se abre depois de confirmado o golpe contra Dilma. Mas também sem se posicionar contra o golpe, o governo de Michelle Bachelet declarou que “sabemos que a democracia brasileira é sólida e que os próprios brasileiros sabem resolver seus desafios internos”.

O entusiasmo de Macri, da direita na América Latina e do “mercado” imperialista com a queda de Dilma e o novo governo Temer se dá porque acreditam que o Brasil, com toda sua importância econômica e política na região, está agora em melhores condições de aplicar uma dura agenda de ajustes contra os trabalhadores, a juventude e o conjunto da população.




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