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CRISE NO RIO | MUSPE quer reunião com Pezão dia 22, até lá como farão os servidores para pagar as contas?

quarta-feira 14 de junho de 2017 | Edição do dia

Pezão pagou apenas 700 reais para 207 mil servidores, referente ao salário de abril. O parcelamento sequer foi avisado, não dando nenhuma chance para os servidores na mão deste governo que beneficia os capitalistas e ataca os trabalhadores. E isto é apenas abril, nenhuma notícia de maio e já estamos em junho! A situação é ainda mais revoltante quando descobrimos que o governo tinha dinheiro em caixa para pagar servidores, segundo a associação de analistas fazenda, leia o parecer deles aqui.

A mais nova ilegalidade deste governo, ao não avisar o parcelamento, tem a função de facilitar a tramitação dos ataques na ALERJ, como a viabilização da privatização da CEDAE através do BNDES, ou o aumento da alíquota aprovado há duas semanas, além da aprovação do pano de "recuperação" que resume os ataques de Temer e Pezão à população e aos serviços públicos.

Representantes do Movimento Unificado de Servidores Públicos (MUSPE) declararam que a medida é ultrajante. Mas, para a surpresa de muitos (não de todos), até o momento a única medida anunciada pela agremiação foi exigir uma reunião com Pezão no dia 22. O representante dos servidores da FAETEC no MUSPE, Marcos Freitas, declarou ao jornal O Dia: "já são dois meses de atraso e o servidores ainda receberá R$ 700. Esperamos que Pezão nos receba no dia 22".

De hoje até o dia 22 aonde supostamente ocorreria tal reunião, os servidores estarão vivendo com menos de um salário mínimo, mais ou menos 87 reais por dia, com contas para pagar que acumulam empréstimos desde 2016 quando já haviam os parcelamentos e fila para distribuição de cestas básicas (dadas pelo próprio MUSPE). Até o momento, nenhuma medida de mobilização foi anunciada pela agremiação que diz ser representante dos servidores do estado.

O MUSPE, que envolve uma mistura entre sindicatos de servidores da educação e os "sindicatos" de policiais que estão recebendo em dia para reprimir manifestações, sempre aparece com seus gigantescos caminhões de som, tem chamado a confiar na justiça e na Lava-jato desde o início da crise do Rio com os parcelamentos dos salários e chegava a dizer que "Pezão já caiu" pedindo por um impeachment que nunca vai acontecer. Depois de mais de um ano, está mais que constatado que a justiça e a Lava-Jato condenam Cabral para deixar Pezão livre para atacar.

Os servidores precisam tomar a luta em suas próprias mãos, querem fazer do Rio de Janeiro um exemplo nacional de ataques para todos outros estados, e sua aliança com Temer mantém Pezão blindado pela justiça dos capitalistas que não merece nossa confiança. A solução é impor assembleias nos locais de trabalho e estudo, exigindo o mínimo elementar, que os sindicatos coloquem toda sua estrutura à serviço da organização dos trabalhadores e não da espera por uma justiça que, está comprovado, só vem para nos atacar. Assembleias democráticas e comitês de base para coordenar as categorias e tomar a luta em nossas próprias mãos, avançando em uma saída que sejam os capitalistas corruptos e seus mandantes na ALERJ, no governo do estado e federal, que paguem pela crise!




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