O programa de suspensão de corte de luz a população de baixa renda não foi prorrogado, e os mais pobres terão sua luz cortada num cenário de alta de inflação e grande aumento das tarifas de serviços básicos. Decisão é da Aneel, autarquia vinculada ao governo Bolsonaro.
sexta-feira 1º de outubro de 2021 | Edição do dia
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A partir desta sexta-feira (1), termina o prazo do programa de suspensão de corte de luz para a população de baixa renda. Agora as regras de corte voltam e, após 15 dias de inadimplência (prazo mínimo a que o consumidor tem direito), a luz será cortada. A não prorrogação do programa é mais um ataque que vai assolar a vida dos trabalhadores de baixa renda e dos pobres, que ainda amargam um índice de desemprego de quase 14%, com uma enorme alta de inflação no país, alavancada principalmente pela alta dos combustíveis e do gás de cozinha, com o preço da cesta básica na casa por volta de R$ 650,00 em vários estados do país (mais da metade de um salário mínimo).
A energia elétrica está com as tarifas mais caras do sistema. Quem estava no programa não será tributado na última bandeira, que chega a custar R$ 14,20 por 100 kWh, mas mesmo assim serão tarifados em bandeira vermelha 2, por R$ 9,49 por 100 kWh. Para se ter uma ideia do acréscimo que isso representa na luz, na bandeira vermelha nível 2, dos R$ 9,49 tarifados em 100 kWh, R$ 7,57 é apenas o acréscimo.
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De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não há previsão de nova prorrogação e o programa deve ser encerrado, deixando milhões de brasileiros na extrema miséria com mais esse duro golpe em meio há uma das mais profundas crises que o país passa.
