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Eleições 2022 | Lula vai manter Campos Neto, neoliberal indicado de Bolsonaro, no BC, segundo Gleisi

Afirmação de Gleisi Hoffmann é aceno forte ao capital financeiro.

terça-feira 5 de abril de 2022 | Edição do dia

Banqueiros, milionários, grandes empresários (alguns bolsonaristas), homens do capital financeiro e Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, jantaram na casa do empresário João Camargo, do Esfera Brasil, nessa segunda-feira, dia 4 de abril. A conversa girou em torno, entre outras coisas, das perspectivas do governo Lula para a economia.

Entre vinhos e canapés, Gleisi foi questionada sobre se Lula nomearia novamente o (outro) milionário, Henrique Meirelles, para a presidência do Banco Central. O ex-ministro de Temer foi indicado por Lula, também, para o BC. Mas Gleisi foi além e afirmou que Lula vai manter o atual indicado de Bolsonaro, Roberto Campos Neto.

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    Além de herdar nome do desgraçado avô, prócer da ditadura militar e ministro do governo Castelo Branco, Campos Neto foi responsável por dirigir o Banco Central durante todo o governo Bolsonaro e submeter o país aos interesses do grande capital financeiro.

    Enquanto os brasileiros amargavam nas filas do desemprego, nos leitos de UTI com covid, com a inflação e miséria crescentes, Campos Neto garantia os milhões aos seus parceiros do mercado financeiro e aprofundava o neoliberalismo no país.

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    É esse homem, também agente importante em garantir a neoliberal autonomia do Banco Central, que Lula quer manter para comandar parte importante da economia do país.

    Homens de bem, como Flavio Rocha (Riachuelo) e Eugênio Mattar (irmão do bolsonarista Salim Mattar, da Localiza), ouviram a presidenta do PT com atenção. Campos Neto havia falado, há algumas semanas, que o mercado havia diminuído o receio diante de eventual vitória de Lula. E assim a obra econômica do golpe de 2016, representada por homens como o próprio Campos Neto, continuada por Bolsonaro e Paulo Guedes, vai sendo preservada nas promessas de um eventual governo de Lula.

    É preciso uma saída dos trabalhadores para fazer com que os capitalistas paguem pela crise. Alianças com a direita e membros do governo Bolsonaro, como Gleisi apontou, está na contramão da perspectiva que precisamos.

    Com informações da Folha de S. Paulo




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