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DELAÇÃO JBS | Lula e Dilma receberam R$150mi da JBS: o PT não pode mudar as regras do jogo que sempre jogou

Joesley revelou à Procuradoria-Geral da República a existência de contas no exterior, cujos beneficiários incluíam os Ex-Presidentes Lula e Dilma Rousseff do PT. Segundo o delator, ambas as contas chegaram a somar o valor exorbitante de 150 milhões de dólares em propina.

sexta-feira 19 de maio de 2017 | Edição do dia

(Imagem: Adriano Machado / Reuters)

Novas informações obtidas através de depoimentos do empresário Joesley Batista, do Grupo JBS, demonstram mais uma vez as relações podres entre os capitalistas e os últimos governos, dessa vez expondo o próprio PT.

Joesley revelou à Procuradoria-Geral da República a existência de contas no exterior, cujos beneficiários incluíam os Ex-Presidentes Lula e Dilma Rousseff do PT. Segundo o delator, ambas as contas chegaram a somar o valor exorbitante de 150 milhões de dólares em propina.

Todo esquema fora mediado diretamente por Guido Mantega, ministro da Fazenda durante os governos petistas. Mantega operava ambas as contas, e a partir de julho de 2014 começou a apresentar uma lista de candidaturas, dos mais variados partidos políticos que compunham a base aliada do governo, para que recebessem "doações" para suas campanhas provenientes desses saldos no exterior.

Ainda no depoimento, Joesley afirmou ter recebido insistentes solicitações para o pagamento de R$ 30 milhões para a candidatura de Fernando Pimental (PT), atual governador de Minas Gerais. De acordo com o empresário da JBS, Dilma autorizou pessoalmente o pagamento e solicitou que o depoente procurasse Pimentel. O candidato, então, orientou Joesley a maneira como a propina deveria ser paga: através da compra de participação de 3% na empresa privada que detém a concessão do Estádio Mineirão.

A denúncia destes esquemas confirma que os governos do PT tiveram parte em habituais práticas políticas de administração do Estado pautadas em acordos corruptos com os grandes empresários, cumprem o papel de sustentar financeiramente uma base próxima composta de partidos que com posições e interesses contrários aos interesse dos trabalhadores, como é o caso do PMDB, protagonista do Golpe, e que desde então ataca os mais básicos direitos trabalhistas, através de suas reformas e emendas.

É um absurdo que um retorno a esta lógica de conciliação com nossos inimigos corruptos apareça, hoje, como alternativa à crise criada pelos próprios capitalistas.

Depositar nossas forças acumuladas com a greve geral de trabalhadores do dia 28 na candidatura do Lula é impedir que construamos uma resposta independente da classe trabalhadora, incompatível com quem se alia com empresários e seus esquemas podres com o Estado, o governo e os políticos que nos atacam.

É preciso construir e fortalecer comitês de base, em locais de trabalho e de estudo, para que estes sejam a preparação de uma Greve Geral até que caiam Temer e suas reformas, que as centrais sindicais ligadas ao PT, curiosamente, tardam em marcar perante tamanha crise de governo. Dessa mobilização podemos impor uma eleição de delegados para uma nova Constituinte, que saiam desses mesmos comitês para, desta vez, colocar os trabalhadores para decidir os rumos do país, e não delações de corruptos, deputados igualmente corruptos ou um Judiciário arbitrário.

Nosso próximo passo deve ser marchar aos milhares em direção a Brasília neste dia 24 para levantar estas bandeiras. Nós, do Esquerda Diário, da juventude Faísca, em conjunto com os trabalhadores e trabalhadoras do MRT, do Movimento Nossa Classe e do grupo de mulheres Pão e Rosas estamos construindo nossa participação nessa luta para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.


Temas

JBS    PT    Corrupção



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