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Conciliação de classes | Lula confirma a Pacheco: "nossa campanha não é da esquerda”.

Em encontro com com senadores da oposição na quarta-feira, Lula aproveitou para, entre outros assuntos, firmar compromissos e acenar para políticos da direita que, até a pouco tempo, eram aliados de Bolsonaro.

sexta-feira 15 de julho de 2022 | Edição do dia

Na ultima quarta-feira (13), Lula (PT), juntamente com o vice de sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB), encontraram, em conjunto com a bancada do PT, senadores da direita aliados de Bolsonaro, como o próprio presidente do senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
No encontro foram tratados assuntos relativos às eleições e a um possível mandato Lula-Alckmin .

No encontro, Lula fez questão de sinalizar que seu governo não estará a serviço de enfrentar e desmantelar a gama de ataques que assolam a vida do povo, mas sim de garantir estabilidade nos interesses da direita e nos lucros do empresariado, escancarando que, mais uma vez, o PT não pretende avançar em pautas consideradas de esquerda, como a legalização do aborto e demanda das minorias oprimidas.

“Minha campanha não é da esquerda, é da sociedade brasileira que quer recuperar a democracia, que deseja as eleições. Fiz essa união com o Alckmin para provar que é possível conviver com a diversidade.” Disse Lula em encontro.

No entanto, a única diversidade a que Lula se refere é na convivência com a direita e com os aliados de Bolsonaro que vivem de atacar os trabalhadores, comprovando que Lula segue colocando-se apenas como um melhor administrador dos intentos nefastos da grande burguesia.

Essa é mais uma demonstração de como a política de conciliação de classes não se mostra como esperança para o povo e a classe trabalhadora. Pelo contrário, um futuro governo Lula-Alckmin, tal qual já garantiu o próprio Lula, tende a servir e a colocar em primeiro plano somente os interesses dos capitalistas e seus representantes, que apenas desejam descarregar o custo da crise nas costas da população pobre, que cada vez mais sofre com os ataques a seus direitos e com o alto custo de vida.

A saída da crise só poderá vir, unicamente, pela mão dos trabalhadores organizados, lutando pelos seus direitos, com o controle dos meios produtivos para que possamos ter uma produção organizada e racional para combater a fome e a miséria do país, bem como o fim da precarização devastadora, jornadas de trabalho exaustivas e o desemprego.

Leia o editorial do MRT: Enfrentar o bolsonarismo e a direita na luta de classes




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