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RIO DE JANEIRO | Lindbergh Farias é condenado à perda de direitos políticos pela segunda vez esta semana

quarta-feira 21 de dezembro de 2016 | Edição do dia

O Senador Lindbergh Farias foi condenado por improbidade administrativa e poderá recorrer pela segunda vez esta semana, a condenação prevê a suspensão dos direitos políticos e multa de 640 mil reais, pelo juiz Gustavo Quintanilha da 7ª Vara Cível de Nova Iguaçu.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Lindbergh teria oferecido cargos ao vereador José Agostinho de Souza e sua família, em troca de apoio na Câmara Municipal, entre janeiro de 2005 e abril de 2007. A outra condenação de Lindbergh, pelo mesmo juiz, seria por este ter permitido o uso promocional de sua imagem em 2007, enquanto era prefeito de Nova Iguaçu e concorria à reeleição.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, na época em que Lindbergh era prefeito, distribuía caixas de leite e cadernetas de controle com o logo criado para seu governo. Em um terceiro processo que corre na 4ª Vara Cível, a juíza Marianna Medina Teixeira decretou, na semana passada, o bloqueio dos bens de Lindbergh, por ter favorecido a Fundação Nacional do Livro Infantil em um convênio sem licitação.

Lindbergh alegou estar sendo perseguido, em nota afirmou “Me estranha que processos que se arrastavam por quase uma década sejam repentinamente alvo de decisão do mesmo magistrado, ignorando inclusive a decisão do STF de arquivamento de inquéritos com o mesmo objeto. A perseguição é mais do que explícita. Novamente, informo que recorrerei e tenho plena convicção que a decisão será revertida e a justiça prevalecerá”.

Lindbergh já havia sido acusado de um esquema de recebimento de propinas de empresas (um outro objeto) em troca de licitações quando era prefeito de Nova Iguaçu, no período entre 2005 e 2010, em um inquérito que foi arquivado por Gilmar Mendes em 2013 a pedido de Janot. Seu parecer dizia "efetivamente, pairam no ar elementos que denotam eventuais participações espúrias de autoridades" no caso. Mas, o Ministério Público não encontrou "meios razoáveis para investigar fatos que aconteceram há muito tempo e (...) certamente praticado às escondidas, como normalmente ocorre em crimes".

O político também é recebeu foco da imprensa com relação às delações da Odebrecht que foram vazadas para algumas revistas, que tiveram acesso ao conteúdo destas delações antes mesmo do político, delações que ainda não foram homologadas, e portanto ainda não teriam nenhum valor legal, comprometeriam o a sua eleição ao Senado com o recebimento de propina.




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