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Povos indígenas | Lideranças indígenas denunciam avanço do narcotráfico, grileiros e madeireiros na Amazônia

A denúncia ocorreu no Congresso Internacional Apiwtxa, no Acre, com mais de 100 lideranças indígenas assinando a “Declaração do Congresso Internacional Apiwtxa – Ameaças, Proteção e Desenvolvimento na Fronteira Amazônica”, pedindo o fechamento de estradas clandestinas e a paralisação do estudo de abertura de novas rodovias do lado brasileiro. O tráfico de drogas é beneficiado pelo desmatamento causado pela abertura de novas estradas, que também auxiliam nas rotas de crimes ambientais cometidos por madeireiros e grileiros.

quarta-feira 8 de dezembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Yara Piyãko

Entre os dias 16 e 19 de novembro ocorreu o congresso da adeia Apiwtxa, do Acre, onde mais de cem lideranças indígenas de regiões amazônicas do Brasil e do Peru denunciaram a relação do avanço do narcotráfico com o desmatamento. As lideranças dizem que os criminosos vem sendo protegidos pela corrupção dos governos do Brasil e do Peru. O tráfico de drogas é beneficiado pelo desmatamento causado pela abertura de novas estradas, que também auxiliam nas rotas de crimes ambientais cometidos por madeireiros e grileiros.

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Já houveram inúmeras denúncias feitas aos órgãos de Justiça do Brasil e do Peru, mas as lideranças afirma que nenhuma medida foi adotada pelos países para conter o domínio das organizações criminosas ligadas a crimes ambientais e narcotráfico na região.

As lideranças indígenas, que vivem na fronteira entre o Brasil e o Peru, assinaram a “Declaração do Congresso Internacional Apiwtxa – Ameaças, Proteção e Desenvolvimento na Fronteira Amazônica”, pedindo o fechamento de estradas clandestinas e a paralisação do estudo de abertura de novas rodovias do lado brasileiro.

A única forma de resistir a esses ataques é com a luta, e os povos indígenas já demonstraram bravamente isso, como sua mobilização histórica em Brasília contra o Marco Temporal e a PL 490 no Acampamento Luta pela Vida e na II Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, demonstrando como construir a unidade necessária para acumular forças para derrotar o governo Bolsonaro e a miséria político social que estamos submersos.




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