Os jovens trabalhadores e a classe trabalhadora de conjunto sofrem amargamente com as condições precárias dos transportes públicos no Rio de Janeiro. Após seis meses de gestão da prefeitura de Eduardo Paes, os estudantes trabalhadores seguem com direito a passe livre universitário negado, enquanto isso tiram do dinheiro do seu próprio sustento para pagar os altíssimos custos das passagens dos transportes públicos precários.
Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria
sexta-feira 16 de julho de 2021 | Edição do dia
Foto: Divulgação.
Nas eleições à prefeitura do Rio de Janeiro Eduardo Paes se aproveitou da péssima gestão do ex-prefeito Marcelo Crivella, filiado ao partido Republicanos, para se promover politicamente como uma alternativa aos problemas constantes da comunidade carioca. Em outubro de 2020 Eduardo Paes de olho na eleição para prefeitura criticou Crivella pela permanência do bloqueio do bilhete único universitário que, segundo o prefeito Eduardo Paes, sua gestão estaria a serviço de facilitar a vida dos estudantes.
Já se passou um semestre de administração da prefeitura de Eduardo Paes e os estudantes trabalhadores seguem com seu bilhete único universitário bloqueado. Diante da crise sanitária e econômica estão tirando do próprio dinheiro da alimentação e moradia para pagar as passagens caríssimas de ônibus e trens.
Veja na íntegra a promessa falaciosa do desbloqueio do bilhete único universitário:
Com cartão de passagem bloqueado a mais de um ano, os estudantes trabalhadores que continuaram trabalhando mesmo com o avanço da pandemia e o aprofundamento da crise econômica, se viram diante do pior momento de suas vidas. De um lado o avanço da precarização do ensino com a educação à distância e de outro lado o aprofundamento da miséria e dificuldades.
Mesmo diante de uma pandemia que levou a mais de 537 mil óbitos devido à política negacionista do governo de extrema direita de Bolsonaro, muitos estudantes são cotidianamente obrigados a usarem o transporte público lotado que conforme o tempo passa fica cada vez mais precários e caro, ou seja, a prefeitura do Eduardo Paes é totalmente conivente com a precarização dos transportes enquanto as grandes empresas privadas de transportes lucram em cima das condições precárias da classe trabalhadora e juventude.
Ao mesmo tempo que Eduardo Paes mantém o bilhete único universitário bloqueado, a prefeitura do Rio defende a abertura das escolas, o que na prática significaria centenas de estagiários da educação que não conseguiriam chegar até essas escolas devido à ausência de dinheiro para bancar as passagens.
A secretaria de transporte do Rio não tem indicativo de liberação do bilhete único universitário, enquanto isso, os estudantes seguem pagando do seu próprio bolso o que era pra ser seu por direito e em outros casos estudantes estão sendo obrigados a faltar aos seus trabalhos por falta de condições econômicas e assistência da prefeitura. Além disso, o bilhete único universitário é um direito para manter a circulação do aluno na cidade e universidade, porém, os estudantes moradores da baixada e do interior do Rio de Janeiro não tem direito ao passe universitário, são obrigados a pagar os altos preços nas passagens de trens e metrôs enquanto o transporte é ultra precário e desumano.
Por isso nós da Juventude Faísca exigimos da prefeitura a liberação imediata do bilhete único universitário com direito à passagens intermunicipais e intermodal para que todo jovem trabalhador não precise tirar do dinheiro da sua própria alimentação e moradia para pagar passagens caríssimas de transportes cada vez mais precários e sucateados.
Para isso é importantíssimo que as entidades estudantis como DCEs, CAs e a própria UNE, União Nacional dos Estudantes, organizem uma mobilização estudantil pela liberação imediata do bilhete único universitário. Só a auto organização dos estudantes irá garantir os nossos direitos, não Eduardo Paes, prefeito coligado a alas de direita algozes dos trabalhadores e juventude.
