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28 DE MAIO: Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher | Ler/Dort e Depressão estão entre as principais doenças da mulher trabalhadora.

As mulheres são mais propícias a adquirir diversas doenças e se pensarmos o porquê está sujeita, é totalmente relacionado à sua condição imposta dentro da sociedade capitalista. Ler/Dort, depressão, estresse, doenças físicas e psíquicas, frutos da tripla jornada de trabalho, estão entre as principais formas de adoecimento da trabalhadora brasileira.

quinta-feira 28 de maio de 2015 | 07:15

As mulheres são mais propícias a adquirir diversas doenças e se pensarmos o porquê está sujeita, é totalmente relacionado à sua condição imposta dentro da sociedade capitalista.
Com sua tripla jornada de trabalho, onde após chegar a casa, não consegue reservar teu tempo de descanso necessário, por ser atribuída a ela as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos, a mulher trabalhadora se torna vulnerável.

A famosa “dor nas costas” que são uma das maiores queixas entre as mulheres, são pela a maioria das trabalhadoras estarem concentrada em atividades que exigem passar muitas horas em posturas imóveis, com movimentos rápidos, precisos e repetitivos, o que produz um grande desgaste aos músculos, acorrentando a doenças como LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho).

Segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2013 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que 2,4% dos 146,3 milhões entrevistados referiram diagnóstico médico de LER/Dort. Nas pessoas com mais de 18 anos representado pela pesquisa, estima-se que cerca de 3,5 milhões de pessoas têm ou já tiveram essa doença diagnosticada. Estão também em ocupações que as deixam mais expostas a compostos químicos que provocam reações tóxicas como problemas respiratórios, alergias, irregularidades no ciclo menstrual, cólicas mais fortes, causando alterações hormonais.

Soma-se a isso o trabalho em alta velocidade em máquinas, o controle computadorizado, as pressões da patronal, péssimas condições de trabalho, uma longa jornada, assédio sexual e moral. O que leva a doenças como a Depressão, que entre as mulheres a proporção é de 28%.

Segundo dados do 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) em 2014, o estresse, Nervosismo, Angústia, Insônia, problemas na coluna, aumento de problemas relacionados à sua Saúde Sexual, prejudica toda a saúde da mulher que mesmo ao ir atrás de lugares de atendimentos especializado, são tratadas de forma inadequada, onde subestimam suas dores e a realidade de sua patologia, porque a maioria dos tratamentos dessas doenças é o repouso e ainda sim duvidoso, pois cada médico que as atendem as medica com diferentes remédios, e pelos efeitos colaterais, como sonolência, isolamento, irritabilidade, torna imprescindível o afastamento da trabalhadora para o tratamento, que chega a ser angustiante, pois muitas não entenderem o porquê elas estão doente psicologicamente e fisicamente.

Essa é a realidade de muitas mulheres precarizadas por seu trabalho e as suas contradições cotidianas.




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