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CRISE NO GOVERNO | Lei de ataque aos estados parou no meio com derrota do governo na Câmara

No dia de ontem, a Câmara de Deputados começou a votar o PLP 343 de ataque aos estados. A votação, porém, parou no meio quando o governo perdeu foi obrigado a retirar o aumento da contribuição previdenciária.

quarta-feira 26 de abril de 2017 | Edição do dia

A todo vapor para aprovar ataques, a Câmara de Deputados ontem (25) começou a segunda parte da aprovação do PLP 343/2017, o projeto de lei de Temer para o ataque aos estados em calamidade financeira. A votação dos destaques sobre o projeto, porém, parou quando a base do governo golpista perdeu na votação de um dos destaques feitos nas “contrapartidas” exigidas por Temer. No caso, foi retirada a exigência de aumento para 14% na alíquota previdenciária dos servidores. Em clima crise, Rodrigo Maia suspendeu a sessão no meio.

O governo, porém, sofreu uma derrota quando foi colocado para votar o destaque que retirava a exigência de aumento da alíquota previdenciária dos servidores para 14%. Na votação, o governo precisava de 257 votos, quórum maior porque é um projeto de lei complementar. Conseguindo apenas 241 votos, Rodrigo Maia (DEM) engoliu em seco e encerrou a sessão no meio. Veja aqui como votou cada deputado.

Esta é a primeira derrota que mostra sintomas da crise na base do governo golpista, que acumula 4% de aprovação e aguarda no 28 de abril, o que pode ser uma das maiores manifestações de trabalhadores em décadas. Antes desta desilusão, votação dos destaques sobre as contrapartidas seguia a vontade do governo, sendo aprovada a exigência de privatizações de estatais dos estados endividados, assim como a revisão do regime jurídico único dos servidores, para “igualar” por baixo todos servidores, novas regras para se adquirir pensões, e instituição de um regime de previdência complementar, ou seja, cortar direitos dos trabalhadores em nome de pagar uma dívida que foi feita pelos governantes. Rodrigo Maia, Pezão e Temer devem ter engolido em seco.

A votação está suspensa, e hoje a Câmara vota agora outro ataque brutal aos trabalhadores de todo o país com a reforma trabalhista que está em votação enquanto redigimos este texto. O governo tenta mostrar aos empresários que está disposto à atacar, no entanto, os deputados tem que escolher entre se re-eleger em 2018 ou ficar junto com o governo Temer que atingiu 4% de aprovação hoje, esta crise deu mostrar nesta votação de ontem, por isso Maia mudou o tema para a Reforma Trabalhista, que precisa de menos votos para aprovação.

A aprovação da privatização não foi noticiada pela imprensa golpista, que logo em seguida mudou o tema do noticiário para esconder as crises do governo Temer. Porém o conteúdo completo da votação pode ser acessado na Agência Câmara.

O 28 A deve servir para barrar por completo todos os ataques, preparemos uma greve geral para derrubá-los junto com temer e seus lacaios!

A proposta, que prevê uma série de ataques aos trabalhadores e a população daqueles estados, incluindo a autonomia destes, em troca de medidas de suspensão temporária da dívida dos estados com a União, dívida esta que em geral é fruto do recolhimento da participação dos estados no montante da dívida pública nacional, que já chegou a R$3,23 trilhões.

A crise governista permitiu o atraso no trâmite desta lei, em parte pelo medo do que pode ser o 28 A. Porém, só com uma ação decidida dos trabalhadores pode barrar os ataques até o final, já que os mesmos golpistas estão aprovando hoje a reforma trabalhista, manobrando de todas as formas para mostrar serviço aos patrões.

Digamos não aos ataques de Temer, barrando por completo este PLP que é uma verdadeira chantagem com os estados em crise, e aproveitemos a paralisação convocada para o 28 de abril unificando todas as categorias, públicas e privadas, contra todos os ataques, a reforma da previdência, a reforma trabalhista. O 28 A pode servir para preparar a greve geral, única maneira de conseguir efetivamente derrubar todos eles, com este governo golpista junto, lutando por uma Constituinte Livre e Soberana aonde os trabalhadores surjam na cena política nacional para resolver a crise impondo que os capitalistas à paguem com seus lucros!

Leia também:: Preparar uma greve geral até derrubar Temer e as reformas! Por uma Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta




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