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Operação iniciada nesta terça-feira tem como alvos principais o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra e a construtora Queiroz Galvão em esquema de R$10 Mi em propina.

terça-feira 2 de agosto de 2016 | Edição do dia

A Polícia Federal iniciou nesta terça-feira, 2, a Operação Resta Um, a etapa de número 33 da Lava Jato, que tem a finalidade de obter provas adicionais de crimes de organização criminosa, cartel, fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos firmados pela empreiteira Queiroz Galvão com a Petrobrás. Os alvos são dirigentes e funcionários da Queiroz Galvão e do consórcio Quip S/A, do qual a empreiteira mencionada era acionista líder, que suspeita-se terem pago R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em 2014. Os executivos da construtora Ildefonso Colares e Othon Zanoide já foram presos.

Dos 30 mandados emitidos pelo órgão, existem registros de busca e apreensão, prisão preventiva, prisão temporária e de condução coercitiva em estados como São Paulo (3), Rio de Janeiro (16), Rio Grande do Sul (2), Goiás (4), Pernambuco (2) e Minas Gerais (5).

As investigações indicam que a Queiroz Galvão formou, com outras empresas, um cartel de empreiteiras que participou ativamente de ajustes para fraudar licitações da Petrobras. Esse cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou prejuízos bilionários para a estatal. Além dos ajustes e fraude a licitações, as evidências colhidas nas investigações revelam que houve corrupção, com o pagamento de propina a funcionários da Petrobras.

Os valores já rastreados e comprovados das propinas, se aproximam da cifra de R$ 10 milhões. Esses crimes estão comprovados por farta prova documental que foi confirmada no depoimento de, pelo menos, cinco colaboradores, sendo três deles dirigentes de empreiteiras, negócio este que foi operada através de envio de remessas de milhões de dólares por meio de contas secretas no exterior, que favoreciam diretores da estatal. As evidências apontam que os pagamentos foram feitos tanto pela Queiroz Galvão quanto pelo consórcio Quip, identificado, durante a Lava Jato, como o terceiro com maior volume de contratos celebrados com a Petrobras, alcançando um total superior a R$ 20 bilhões.

A procuradora da República Jerusa Viecili destacou a importância para a investigação dos acordos de colaboração e de leniência firmados pelo Ministério Público, “pois iluminam o caminho a percorrer para a obtenção de provas, quando não são acompanhados já pela apresentação de evidências consistentes dos crimes praticados”. Afirmou ainda que chama a atenção “a ousadia da empresa investigada, traduzida pela atuação profissional e sofisticada no pagamento de propinas em contratos públicos durante longo período de tempo, mediante a utilização de expedientes complexos de lavagem de dinheiro, inclusive no exterior”.

Ainda que coloque o PSDB na mira, a Lava Jato vem sistematicamente evitando tornar publicas as denuncias que envolvam essa partido, vem assim criando um cerco intencional para resguardar o PSDB do desgaste popular. Isso pela similaridade de interesses do judiciário com as políticas privatistas e abertas ao imperialismo, desse partido. Mesmo aparecendo nos processos a Lava Jato se esquiva de pegar as grandes figuras, usando assim de nomes menos importante para tentar passar um teor de imparcialidade da operação, que esta longe de querer punir a corrupção.




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