×

ARGENTINA | Lançada a campanha internacional "Não ao fechamento da PepsiCo Argentina"

"Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora" (ONG em defesa dos direitos humanos) como Cortiñas, Mirta Baravalle e Elia Espen aderiram a declaração em defesa dos trabalhadores da PepsiCo.

quarta-feira 28 de junho de 2017 | Edição do dia

Os trabalhadores da PepsiCo Argentina estão levando adiante a luta por seus postos de trabalho rodeados de um enorme apoio e solidariedade. Desta vez, as Madres de Plaza de Mayo Nora Cortiñas, Mirta Baravalle e Elia Espen foram as primeiras a aderir a declaração intitulada: "Não ao fechamento. Não compre produtos Lays e PepsiCo" que impulsionamos em conjunto com outras personalidades dos direitos humanos, da cultura, da arte, da educação, com dirigentes sindicais, organizações estudantis e políticas que pudemos acompanhar na Argentina.

ENTENDA O CONFLITO | PepsiCo: lucros milionários e demissões em massa na Argentina

Queremos ser milhões nos países da América Latina, da Europa e de todo o mundo que não aceitam que as empresas atropelem os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras!

A partir do fechamento ilegal imposto pela empresa desde o último dia 20 de Junho, os trabalhadores e trabalhadoras tem colocado através de sua luta medidas diferentes para que se volte a abrir a planta e que seus postos de trabalho sejam devolvidos.

A PepsiCo colocou na rua cerca de 600 famílias com um argumento completamente falso, afirmando que está atravessando uma "crise econômica", quando a própria companhia declarou ter havido lucros milionários que crescem ano após ano.

PepsiCo: Nicolás del Caño foi até lá para prestar solidariedade aos trabalhadores

Esta multinacional tem tentado arrasar com os direitos de seus trabalhadores continuamente. As condições de trabalho na PepsiCo eram terríveis, como dizem suas funcionárias: "trabalhamos até 16 horas mesmo grávidas, em um ritmo altíssimo".

Contra os ataques às condições de trabalho, o maltrato dos chefes e dos supervisores e por seu salário, começou a organização dos corajosos trabalhadores da PepsiCo, que durante todos estes anos se colocaram em defesa de cada um de seus direitos.

VEJA TAMBÉM | PepsiCo: trabalhadores se mantém na planta protegendo sua fonte de trabalho

Todos os atropelos e brutalidades da patronal sempre foram deixados de lado pelo Sindicato dirigido por Rodolfo Daer, que há 20 anos é o Secretário Geral do Grêmio da Alimentação e cuja única "proposta" para os trabalhadores que de um dia para o outro se colocaram nas ruas é a negociação por indenizações mais brandas.

A luta para que os trabalhadores da PepsiCo recuperem seus postos de trabalho é, em parte, a luta por todos os trabalhadores, se essa empresa pode fechar uma planta ilegalmente e deixar 600 famílias nas ruas, todas as empresas vão se sentir legitimadas a fazer o que quiserem, demitindo, flexibilizando e precarizando ainda mais.

DECLARAÇÃO:

"Não ao fechamento. Não compre produtos da Lays e da PepsiCo

Os trabalhadores da PepsiCo da Argentina na sua planta de Vicente López começaram uma vigília permanente na fábrica em resguardo da maquinaria e em defesa de seus postos de trabalho.

A multinacional líder no mercado de alimentos obteve, em 2016, lucros de US$ 10,3 mil milhões a nível mundial e fechou suas portas deixando 600 famílias nas ruas de maneira ilegal.

Realizando perante a justiça um procedimento para uma empresa em crise econômica, a própria companhia, em Abril, obteve no primeiro semestre do ano um lucro líquido de 1.318 milhões de dólares, 41,5% a mais do que no mesmo período em 2016.

No marco da crise econômica que atravessa o país, demite massivamente e de maneira discriminatória aos trabalhadores e trabalhadoras, descumprindo a legislação Argentina e dos Tratados Internacionais.

Exigimos a abertura da Planta e a reincorporação dos funcionários e funcionárias ao seu posto de trabalho de maneira imediata.

Apoiamos a todas as demandas exigidas pelos trabalhadores e impulsionamos uma campanha nacional de ’Não compre Lays e produtos da PepsiCo" até que se reabra a planta respeitando os postos e suas condições de trabalho.

Chamamos a todos e todas a fazerem parte e impulsionarem esta campanha."

Enviem ao e-mail do Esquerda Diário ([email protected]) assinaturas de apoio individuais, de universidades e locais de trabalho.

(texto de María Victoria Moyano, tradução de André Arruda)




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias