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EDUCAÇÃO COMO MERCADORIA | Kroton anuncia parceria com Itaú, reafirmando que educação, no capitalismo, é mercadoria

A parceria que dá início à “Cubo Education” estreita ainda mais os laços da empresa com o mercado financeiro norte-americano e reafirma que, no capitalismo, educação é acima de tudo mercadoria.

terça-feira 26 de junho de 2018 | Edição do dia

A Kroton-Anhanguera, recente detentora da antiga Abril Educacional, anunciou parceria com o Cubo Itaú para a criação da “Cubo Education”, uma instituição que visa estimular financeiramente o crescimento de empresas no setor de educação.

O espaço buscará agregar valor e conhecimento tecnológico ao desenvolvimento da educação no Brasil, além de buscar, também, oferecer aos seus alunos soluções mais adaptadas às necessidades do mercado de trabalho, conforme anunciado pela Kroton. Expressando, sem receios, sua visão de educação como produto “à venda” e adequada às necessidades das empresas e não direcionada para uma formação mais humana.

O Cubo Itaú, por outro lado, é uma instituição autodenominada “sem fins lucrativos”, mas que foram fundadas com investimento do Banco Itaú e de um fundo de capital de alto-risco norte-americano chamado Repoint eVentures.
Com o maior volume de capital “empreendedor” focado em empresas de internet no Brasil, a Repoint eVentures, já investiu mais de R$ 130 milhões em empresas do país e enxerga o setor da educação como ainda mais promissor visto os enormes lucros da Kroton aliada as medidas de privatizaçãodo governo Temer.

Os cortes na educação promovidos não só atualmente pelo governo Temer, mas também as políticas dos governos do PT favoreceram os grandes monopólios privados da educação. Hoje, a Kroton é o maior monopólio da educação do mundo.

A privatização e essa mercantilização da educação, que hoje está a serviço desses grandes grupos, ultra-concentrados e com escandalosos lucros, precisa acabar. No Brasil, esse enorme monstro se consolidou como fruto de uma política de estado, o FIES, e de ligações espúrias com a máquina pública. É preciso estatizar esse enorme monopólio e colocá-lo sob controle dos estudantes, funcionários e professores.
Se os governos destinam anualmente em torno de R$ 1 trilhão de reais ao pagamento da dívida pública é porque decretam que priorizam enriquecer bolsos de banqueiros e capitalistas imperialistas enquanto educação de qualidade é direito para poucos. É urgente a luta contra os monopólios da educação, assim como a luta pelo não pagamento da dívida pública!




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