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Juventude Faísca chama twittaço em memória dos 79 anos do assassinato de León Trotski

A Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária chama todos a participarem do twittaço dia 21/08 em memória dos 79 anos no assassinato do revolucionário russo León Trotsky, e sua incansável luta em defesa do legado da Revolução Russa e do autêntico marxismo revolucionário contra a traição stalinista e a degeneração burocrática!

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

terça-feira 20 de agosto de 2019 | Edição do dia

O dia 21/08 marca os 79 anos do brutal assassinato do revolucionário russo e líder do exército vermelho Léon Trotski, pelas mãos da GPU de Joseph Stalin. Trotski foi perseguido, exilado e posteriormente morto por denunciar a degeneração e traição da grande revolução russa de outubro de 1917 pela camarilha burocrática de Stalin. Viu que a ascensão de Stalin ao poder nos últimos anos da vida de Lênin e posteriormente à sua morte representava a contra revolução no seio do próprio movimento revolucionário. Lutou ferrenhamente contra essa derrota histórica do movimento revolucionário representada pela tomada do poder pela burocracia stalinista, que acabou com a liberdade de imprensa, de formar partido e frações e dissolveu os soviets - organismos de poder popular e democracia socialista na URSS. O stalinismo representou, nas próprias palavras de Trotski, a negação termidoriana do bolchevismo, sendo este último legitimamente representado pelo legado dos revolucionários que protagonizaram o maior processo revolucionário da história da humanidade!

Leia mais: Por que o stalinismo vai na contramão do legado revolucionário de Marx?

A ascensão de Stalin ao poder representou perdas enormes à revolução. Trotski via, inclusive, como seguir por esse caminho levaria, no fim das contas, à derrota dos trabalhadores e a restauração do capitalismo. Em 1991, as previsões de Trotski se mostraram acertadas, com a própria burocracia dirigente liderando o processo de restauração capitalista na Rússia e no leste europeu, consolidando-se como nova burguesia local, alinhada aos interesses imperialistas contra os trabalhadores.

Esta mesma buracracia já havia mostrado seu caráter mais traidor e contra revolucionário durante os agudos processos dos anos 50, 60 e 70, quando jovens e trabalhadores, ombro a ombro com seus companheiros que lutavam contra o capitalismo e o imperialismo nos centros capitalistas, tomaram as ruas de diversos países da URSS e protagonizaram heróicos processos de greves e deram origem a embriões de organismos de auto organização de tipo soviético, para lutar contra o domínio burocrático do Estado Operário e pela retomada do caminho ao socialismo! Era para preservar as conquistas da Revolução e ao mesmo tempo impedir sua degeneração nas mão da burocracia que Trotski elabora seu programa da Revolução Política nos Estados Operários, propondo a retomada, pelos próprios trabalhadores, do poder político que lhes foi usurpado pela casta política que é a burocracia, como única via de avançar nas conquistas e concretizar a revolução em escala mundial.

A tomada do poder político na URSS por Stalin e sua burocracia representou enormes perdas para a Revolução. Essa ascensão das camadas mais oportunistas, traidoras e reacionárias do partido e da sociedade russa levou ao retrocesso de incontáveis conquistas. Para classe trabalhadora, representou a dissolução dos Soviets - os conselhos de trabalhadores que exerciam a democracia socialista e haviam ditado, até ali, os rumos da revolução - e a eternização de leis de exceção, como a proibição de partidos soviéticos e de frações internas ao partido comunista e o fim da liberdade de imprensa. Para as mulheres e os LGBTs, em especial, significou a volta de proibição do aborto, e a criminalização da homossexualidade e mais um sem-número de retrocessos culturais e de costumes.

Sobre isso, leia Sobre trotskismo, stalinismo e a luta contra a opressão às mulheres, ou veja o genial livro de Wendy Goldman Mulher, Estado e Revolução

Stalin e toda a máfia de burocratas que inundaram os altos cargos do partido comunista e do governo da URSS conforme assassinaram ou exilaram quase todos os dirigentes revolucionários que estavam presentes em outubro de 1917 viam em Trotski uma grande ameaça a seu domínio, e cristalizaram sua negação ao marxismo revolucionário na forma da Teoria do Socialismo em um Só País e na Convivência Pacífica com o Imperialismo, negando o caráter permanente da revolução, e a necessidade da revolução, para sobreviver e avançar, de se expandir em escala global e subordinando a Terceira Internacional à defesa passiva da União Soviética, abortando - ou diretamente traindo - inúmeros processos revolucionários pelo mundo, em nome da “edificação pacífica do socialismo” contido na URSS. Foi contra essa traição à bandeira bolchevique que Trotski fundou a Quarta Internacional, para ajudar na libertação política do movimento operário das garras do stalinismo e lutar pela revolução socialista mundial! Por isso, também, foi perseguido e morto pelo stalinismo.

Leia mais: Por que se fundou a Quarta Internacional?

Nesse dia, que marca o aniversário de seu assassinato, nós, do Movimento Revolucionário de Trabalhadores - MRT, da Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária, e do portal Esquerda Diário chamamos e todas e todos a honrar a memória desse grande revolucionário e seu legado vivo de luta pela revolução operária e socialista com um twittaço da #TrotskiVive, começando ao meio dia!

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