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PETROBRAS | Justiça condena Paulo Roberto Costa por lavagem de dinheiro na Abreu e Lima

quinta-feira 23 de abril de 2015 | 00:12

A Justiça do Paraná condenou nesta quarta-feira os principais delatores da Operação Lava Jato e outras seis pessoas por corrupção na construção da refinaria da Petrobras Abreu e Lima, em Pernambuco, que está em funcionamento parcial desde dezembro do ano passado.

Entre os oito condenados estão o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef, apontados como os principais operadores do esquema de corrupção na companhia. Os dois assinaram um acordo de delação premiada com a justiça para redução de pena.

Paulo Roberto Costa foi condenado por pertencer à organização criminosa e por lavagem de dinheiro. Youssef foi considerado o operador do esquema. Todas as sentenças foram em primeira instância e cabe recurso.

Em prisão domiciliar no Rio de Janeiro, Costa foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão, enquanto Youssef, acusado de lavar o dinheiro do esquema em suas casas de câmbio, recebeu uma pena de nove anos e dois meses.

De acordo com a sentença do juiz Sergio Moro, os oito condenados foram acusados por pertencer à organização criminosa e desvio de dinheiro em contratos para as obras da refinaria.

A sentença emitida em Curitiba determinou que Youssef cumprirá três anos de prisão em regime fechado e o resto da pena no semiaberto, que lhe permite trabalhar durante o dia e dormir na prisão.

Para Moro, Youssef - preso em Curitiba - " é reincidente, mas o fato será valorado como circunstância agravante. As provas colacionadas (confrontadas) neste mesmo feito, inclusive por sua confissão, indicam que passou a dedicar-se à prática profissional de crimes de lavagem, o que deve ser valorado negativamente a título de personalidade"

Costa, por sua parte, seguirá em prisão domiciliar para cumprir a condenação e deverá usar uma tornozeleira eletrônica até 1º de outubro de 2016 e depois a Justiça avaliará as "condições" para seguir com sua pena em regime semiaberto.

"Caso haja descumprimento ou que seja descoberto que a colaboração não foi verdadeira, poderá haver regressão de regime, e o benefício não será estendido a outras eventuais condenações", explicou Moro.

Com penas que vão de seis meses a até 11 anos, foram condenados também Marcio Andrade Bonilho e Waldomiro de Oliveira, do Grupo Sanko Sider, além de Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles, Pedro Argese Júnior e Esdras de Arantes Ferreria, todos apontados por participar da lavagem de dinheiro de Youssef.

O escândalo de corrupção, revelado há um ano, refere-se a manipulação de contratos da Petrobras com construtoras para pagamento de propinas e distribuição entre políticos e partidos.

A refinaria Abreu e Lima, primeira usina de processamento de petróleo construída pela Petrobras nos últimos 34 anos, começou em dezembro passado a refinar o combustível após quase dez anos de obras e polêmica por seu alto custo. Além disso, a venezuelana PDVSA decidiu abandonar o projeto.

EFE




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