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Juízes de SP ganham até 90 mil enquanto o povo sofre com desemprego

Segundo levantamento da Folha de São Paulo e a pesquisa de Luciana Zaffalon da FGV, juízes e promotores do estado de São Paulo recebem acima do teto previsto em lei, estipulado em 33 mil reais.

quarta-feira 3 de maio de 2017 | Edição do dia

Cerca de 70% dos juízes e 97% dos promotores estão entre os super-salarios da justiça. Os valores constam na folha de pagamento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) de março de 2017.

Somando-se gratificações, auxílios e outras tantas benécies os pagamentos líquidos podem chegar a mais de R$ 90 mil.

A justiça, articuladora do golpe e garantidora dos ataques aos trabalhadores se configura recebe seus privilégios, muito bem rentada pela burguesia e seus governos, para ser uma garantidora dos seus planos.

O juiz federal, impulsionador da Operação Lava Jato, chega a receber R$77 mil reais; para uma professora receber o equivalente que Moro recebe em um ano, ela teria que trabalhar mais de 50 anos consecutivos. Uma pesquisa feita em 2016 aponta que em média, três em quatro juízes, recebem acima do teto constitucional, isto é, 76% dos juízes estaduais brasileiros recebem valores muito superiores aos que, por lei, deveriam receber. Os estados do Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal ultrapassam os 99% de juízes que recebem a mais, com 99,3%, 99,6% e 99,74%, respectivamente.

Ao mesmo tempo que os governos anunciam cortes e ajustes nos gastos sociais e públicos, políticos recebem super-salários. Enquanto o governo golpista de Temer ataca os direitos dos trabalhadores, cortando gastos na saúde e educação, aplicando reformas, como a da Previdência e demais ataques nas costas da população, magistrados e demais cargos políticos, possuem gratificações, indenizações e demais “benefícios” trabalhistas de sobra, aumentando seus salários brutalmente.

Esse privilégio não se encerra no poder Judiciário, os parlamentares chegam a causar um gasto mensal de mais de R$85 milhões de reais no pagamento de seus salários com os tais “benefícios”.

Esse regime político e jurídico está apodrecido. São milhões que são gastos com o dinheiro público para satisfazer o luxo e os lucros dos poderosos. Para questionar o conjunto desse regime precisamos de uma reconfiguração completa, que ataque os privilégios dos três poderes que só servem para usurpar os recursos públicos e atacar os trabalhadores. A partir da força da classe operária presente na greve geral do dia 28 de abril podemos impor uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana que combata na raiz esses privilégios, e possa avançar para debater os grandes problemas nacionais, como o fim da dívida pública, privatizações, e todos mecanismos e leis que só servem para encher os bolsos dos capitalistas.




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