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MARCUS VINÍCIUS | Judiciário nega atendimento psicológico a família de Marcus Vinicius, assassinado pela polícia

Juíza nega pedido da família por auxílio para atendimento psicológico após a brutal execução de Marcus Vinicius, de 14 anos, pelas mãos da polícia no Rio de Janeiro.

terça-feira 17 de julho de 2018 | Edição do dia

Foi negado hoje, pela juíza Mônica Teixeira, da 1ª Vara da Fazenda Pública, o pedido do advogado da família de Marcus Vinicius para concessão de auxílio psicológico particular para os pais, a irmã e os avós do menino executado por policiais durante uma operação da Polícia Civil e das Forças Armadas na Maré enquanto ia, de uniforme, para a escola.

No pedido, João Tancredo, advogado da família, requeria que a justiça cedesse um valor equivalente a seis salários mínimos para pagar sessões semanais de terapia, tratamento psiquiátrico e medicamentos para a família, que teve de se despedir do jovem de apenas 14 anos, perdido para o aparato repressor do Estado.

A juíza, contudo, julgou deixar a família a sua própria sorte, abandonados a buscar atendimento no SUS. À colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo, o advogado definiu a decisão como “cruel”, lembrando que em um Estado enfrentando tamanha crise econômica quanto o Rio, o serviço, na prática, não será prestado. “Caso contrário, não haveria recurso à Justiça. Bastaria ir ao posto de saúde”, afirmou.

O Estado é o responsável direto pela morte de Marcus Vinicius. Por meio de seu aparato repressor, invade e viola as vidas do povo negro e pobre, que o próprio capitalismo renega às periferias, onde vivem entre o jugo da polícia, milícia, e tráfico, todos intimamente ligados. Ninguém o sabe melhor que a própria mãe de Marcus Vinicius, Bruna, que expressa o mais correto sentimento de ódio à polícia assassina do Estado, um sentimento que até parte da própria “esquerda” parece estar esquecendo.

É ao lado de Bruna e de todas as outras mães que perderam seus filhos nas mãos do Estado que travamos nossa luta. Pelo fim imediato da intervenção federal, pelo fim da polícia e pela legalização das drogas, única forma de acabar com o tráfico para dar fim a essa guerra que só serve de desculpa para que a polícia siga matando a população negra e pobre nas favelas!




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