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ELEIÇÕES 2018 | Judiciário insaciável: em nova intervenção, MP acusa Haddad e exige perda de direitos políticos

O Poder Judiciário segue atentando contra o direito democrático elementar do povo decidir em quem vai votar. O Ministério Público de São Paulo denunciou, nessa segunda-feira (27/8), o ex-prefeito de São Paulo, e candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.

terça-feira 28 de agosto de 2018 | Edição do dia

Em mais uma demonstração de como vem acompanhando atentamente as eleições no país, o Judiciário golpista avança novamente contra a candidatura de Haddad, candidato a vice-presidente na chapa do PT, e provável substituto de Lula caso se concretize a proscrição.

A tutela do judiciário a essas eleições já estava clara com o sequestro do direito do povo decidir em quem votar, a partir da prisão e proscrição de Lula. Agora, um passo a diante, o Judiciário golpista, vendo o crescimento de Haddad nas pesquisas, age de forma preventiva também sobre seu substituto.

O objetivo é intervir sobre o resultado das eleições, escolhendo a dedo o próximo presidente do país, para garantir que seja alguém que continue o golpismo e garanta um ritmo acelerado de ataques aos trabalhadores, implementando completamente a reforma trabalhista, a terceirização irrestrita, disposto a tudo para levar até o final a aprovação da reforma da previdência.

A denúncia se baseou em uma delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da empreiteira UTC, na qual, segundo o empresário, depois da campanha eleitoral de 2012, o então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto lhe propôs que pagasse uma dívida do partido com a gráfica contratada para a campanha de Haddad, no valor de R$ 3 milhões.

Na ação civil ajuizada ontem, o promotor Wilson Tafner defende que Haddad “tinha pleno domínio” do pagamento da dívida de campanha com recursos ilegais da UTC, o que, pela Lei de Improbidade, configura enriquecimento ilícito. Como Haddad era um dos responsáveis pelas contas de campanha, as dívidas estavam atreladas a ele.

Na ação, o promotor Wilson Tafner, da Promotoria do Patrimônio Público, requer, ainda, o bloqueio de bens no valor de R$ 15,1 milhões, o ressarcimento do dano causado, multa civil e a suspensão dos direitos políticos de Haddad.

Na semana passada, noticiamos que a justiça de São Paulo acolheu uma ação do Ministério Público, também de improbidade administrativa, que investiga irregularidades na construção de trecho de uma ciclovia na capital paulista durante a gestão Haddad.

Diante dessa flagrante degradação da democracia burguesa, em que o Poder Judiciário buscar decidir os rumos das eleições, nós do Esquerda Diário defendemos de maneira intransigente o direito democrático do povo brasileiro decidir em quem votar.

Defendemos que quem quiser votar em Lula, possa fazê-lo, mesmo combatendo duramente o papel que o PT cumpriu governando com a direita, abrindo caminho ao golpe institucional e a tudo que ocorre hoje no país, aplicando ataques a classe trabalhadora, cortando da educação, saúde, seguro-desemprego, rifando o direito ao aborto ao se aliar a bancada evangélica em troca de apoio parlamentar, compactuando com a morte de milhares por abortos clandestinos.

É nesse sentido que colocamos nossas candidaturas anticapitalistas a serviço da denúncia da degradação do regime e do autoritarismo judiciário e da construção de uma voz anticapitalista que proponha um programa dos trabalhadores como resposta e seja uma alternativa que supere o PT pela esquerda.




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