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Greve da educação | Jornal Super Notícia ataca a luta dos trabalhadores da educação de Belo Horizonte

Nesta quarta-feira (6), o jornal Super Notícia separou uma página inteira de sua edição impressa para atacar a greve dos trabalhadores da educação de Belo Horizonte.

quarta-feira 6 de abril de 2022 | Edição do dia

Foto: SindRede/ Facebook

Com o título “Greve dos professores prejudica a aprendizagem”, o jornal Super Notícia, jornal impresso relacionado ao ‘O Tempo’, fez uma matéria atacando os trabalhadores na tentativa de colocar a população contra a greve da educação.

Primeiro, a matéria argumenta que a greve aprofunda os impactos na educação afetada com a pandemia. O que ela não fala, no entanto, é como os governos foram responsáveis pela precarização do ensino durante a pandemia, sem disponibilizar internet e materiais para os alunos. A matéria coloca a culpa nos professores em greve, sendo que o culpado é somente o governo municipal que nega os direitos dos servidores da educação.

Os educadores estão há anos sem reajustes no salário, no momento em que o país passa por uma grande crise, com o enorme aumento dos preços devido a inflação. Com o arrocho salarial, o reajuste é o mínimo que os trabalhadores merecem e negar isso é não somente um ataque a eles, mas também a toda comunidade escolar.

O Jornal Super Notícias ainda escreveu que “a greve é um passo atrás na reconstrução do saber”. Novamente tira a responsabilidade dos governos e sua intransigência e coloca a culpa nos trabalhadores em greve. Estes, assim como os estudantes, são vítimas dos governantes que preferem garantir os lucros dos empresários, a pagar salários justos aos trabalhadores.

Enquanto a prefeitura municipal segue a intransigência de Kalil, que se retirou da prefeitura de Belo Horizonte para se candidatar, e não garante os direitos dos educadores de Belo Horizonte, essa mídia, de maneira tendenciosa, cria vários argumentos falsos para servir aos interesses da prefeitura contra os trabalhadores.

Esse jornal pertence a Vittorio Mediolli, um mega empresário de Minas Gerais, o que por si só já explica seu interesse de classe contra a luta dos trabalhadores. Mediolli é também prefeito de Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte. Como prefeito ele atacou a mobilização dos trabalhadores da educação em sua cidade, perseguiu diretores e reprimiu manifestações.

Os trabalhadores e as trabalhadoras da educação de Belo Horizonte e de Minas Gerais que estão em greve sofrem com todo tipo de ataques, sejam ataques diretos de repressão, como feito por Kalil, que já mandou a Guarda Municipal reprimir manifestação de trabalhadores, sejam ataques da mídia com seus interesses, como nesse caso.

Essa luta, das professoras, das ASBs e de todos os trabalhadores da educação é a luta de toda a comunidade escolar e de toda a população, contra os ataques e o desmonte da educação.

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