Guilherme de Almeida SoaresSão Paulo
sexta-feira 7 de abril de 2017 | Edição do dia
O prefeito de São Paulo, João Dória, continua a sua saga para entregar São Paulo na mão da iniciativa privada. Obviamente sem questionar o fato de que o evento da Formula 1 já trás dinheiro pros donos da categoria mais famosa do automobilismo mundial e também os contratos milionários que a FIA (Federação Internacional do Automobilismo) faz com as pistas, Dória no seu interesse em aprofundar esta relação disse que a privatização ajudará a garantir a continuidade do GP do Brasil.
Um dos empresários que vai participar do leilão é ninguém menos do que Bernie Ecclestone, ex - chefão da Formula 1 que teve como um dos seus feitos levar a ’’Formula 1 para países da Ásia’’, fazendo acordos com governos que tem denúncias internacionais em violação aos direitos humanos. De acordo com o site G1, Ecclestone não confirmou ou negou a sua intenção de comprar o autódromo paulista.
De uma maneira bem cínica, Dória afirmou que ’’A privatização do autódromo é a garantia da continuidade da Formula 1. Eu entendo que a Fórmula 1 é importante, mas com dinheiro privado, não com dinheiro público’’. Só que o prefeito de São Paulo não disse que se depender dele tudo na cidade vai ser gerido com o dinheiro privado, como já vem fazendo com a Saúde pública através dos ’’corujões’’ e das creches. Depois João Dória escancara o seu caratér entreguista dizendo ’’E é possível que ela continue funcionando com o dinheiro privado e com um autódromo privado. Ecclestone já manifestou interesse, ele vai participar do leilão do autódromo. Tenho sentimento também de que fundos internacionais vão participar desse leilão’’.
A prefeitura de São Paulo diz que não tem uma estimativa de quanto deve arrecadar com a venda de Interlagos, mas certamente Dória vai usar este Dória vai usar este dinheiro pra continuar vendendo São Paulo para seus amigos empresários e banqueiros e se for possível a preço de banana.
A ação de Dória em privatizar Interlagos não é uma ação isolada. É parte do seu projeto que está cortando o leite e o transporte público para as crianças que estudam nas escolas munícipais, das empresas de farmacia denunciadas por vender remédio estragado para o municipio e das creches e escolas municipais super - lotadas. É parte de fazer com que os trabalhadores e demais setores populares paguem pela crise econômica que o país está passando.
