Laura Mendes de Barros era responsável pelas investigações de um esquema de cobrança de propinas conhecida como “Máfia da cidade limpa”.
terça-feira 22 de agosto de 2017 | Edição do dia
A exoneração ocorreu duas semanas após Laura Mendes ter aberto processo de investigação sobre caso de servidores municipais que cobravam propina para liberar propaganda na cidade de São Paulo, burlando a lei da cidade limpa, vigente desde 2007.
Criada na gestão Fernando Haddad, a Controladoria-Geral do Município(GCM) tem como objetivo apurar e corrigir irregularidade administrativas e combater a corrupção.
Guilherme Rodrigues Monteiro Mendes, que exerce o cargo de ouvidor-geral, substituirá Mendes de Barros na controladoria-geral.
Em nota, a prefeitura diz que “A substituição [de Laura Mendes de Barros] se dá por razões administrativas operacionais, e a Prefeitura reconhece e agradece os bons resultados obtidos por ela nos oito meses em que ficou à frente do órgão. Todos os processos e investigações abertos durante esse período terão continuidade, garantindo a independência da controladoria conforme determina a legislação”.
Máfia da cidade limpa
A rádio CBN revelou, no dia 31/07, que servidores municipais montaram um esquema de propina para permitir a instalação de peças de propaganda que não respeitam as diretrizes da Lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007. Foram citados no escândalo catorze funcionários públicos e nove empresários ou representantes comerciais que trabalham para promotoras de anúncios.
Segundo a rádio, a maior fonte desse esquema de corrupção é o dinheiro de grandes empresas que querem anunciar lançamentos imobiliários ou vender carros, por exemplo. Entre esses anunciantes e os fiscais corruptos estão as empresas promotoras, que fazem a divulgação nas ruas.Os relatos mostram que a "máfia da Cidade Limpa" funciona há muitos anos e continua na atual gestão da Prefeitura de São Paulo.
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