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MACHISMO | Isa Penna é atacada e ameaçada de cassação pela extrema direita após recitar poema na Alesp

A deputada estadual, Isa Penna, do PSOL, tem sofrido perseguição e assédio por parte da extrema-direita e da direita desde sua participação no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, quando leu o poema "Sou puta, sou mulher", da poeta Helena Ferreira, na última quarta-feira (2).

sexta-feira 4 de outubro de 2019 | Edição do dia

A deputada foi interrompida por deputados do PSL, repreendida pelo presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB) e ainda teve o seu mandato ameaçado de cassação por parte do reacionário Douglas Garcia, também do PSL.

Isa Penna subiu à tribuna para reprovar o projeto do deputado Altair Moraes (Republicanos), que previa o critério biológico como único princípio de seleção de jogadores em atividades esportivas, excluindo a identidade social de transgêneros na separação de equipes masculinas e femininas. Isa apontou o fato de não haver "nenhuma solidariedade com outras vidas humanas" por parte dos deputados, e recitou o poema para desnudar a hipocrisia na Alesp, para "mexer com a família tradicional brasileira", segundo suas próprias palavras, ou seja, incomodar o reacionarismo e conservadorismo tanto instaurada na Casa quanto na sociedade.

Isa Penna ainda disse que: "A gente está num momento em que não se trata só de combater o conservadorismo, mas valores obsoletos. E vencer a hipocrisia de uma vez por todas. Precisamos trazer a realidade e fazer o debate da realidade como ela é. Esse é um projeto transfóbico. A luta contra a transfobia é tão importante quanto a luta contra o machismo. São frutos da mesma árvore. E não vamos arredar o pé. (...) Boa parte desses ’homens de bem’ são clientes de prostitutas, de travesti. É uma hipocrisia tremenda."

Diante dessa participação e dessas palavras, a deputada segue sendo perseguida e atacada em suas redes sociais.

Nós do Esquerda Diário prestamos toda nossa solidariedade à deputada Isa Penna. É preciso seguir denunciando todo tipo de opressão e exploração em todos os espaços da sociedade. A extrema-direita e o reacionarismo não irão calar as mulheres, os LGBTs nem nenhum setor oprimido da sociedade!

Diana Assunção, dirigente do MRT e do grupo de Mulheres Pão e Rosas, também se solidariza com a deputada:




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