A polícia civil não conseguiu sustentar por muito tempo a tese do homicídio culposo aos policiais assassinos, e concluiu o que todos os moradores de Paraisópolis e as famílias das vítimas sabiam: Que foram os policiais que iniciaram o tumulto para justificar a chacina de jovens e adolescentes, em sua maioria negros, incluindo uma criança, em um baile funk em Paraisópolis em 2019.
quinta-feira 8 de julho de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução
A própria polícia civil, que no inicio do caso acobertou os assassinos, escondendo suas identidades e dando versões absurdas sobre o caso, não conseguiu sustentar por muito tempo o fato de terem sidos os policiais militares atiraram contra a população provocando um tumulto que para os assassinos foi motivo para matar 9 adolescentes que tentaram salvar suas próprias vidas correndo para longe do local.
Mesmo com a conclusão, ainda assim 9 policiais que foram indiciados, dos 31 que participaram da ação, continuam a sustentar a sua versão imaginária e racista de que os moradores os atacaram com paus e pedras e por isso eles tiveram que atirar para afastar os moradores, e por tanto não tiveram a intenção de matar as 9 vítimas, incluindo várias com tiros nas costas.
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Mesmo que a polícia civil volte atrás e condene os policiais, ainda assim se torna mais evidente que a polícia não é a mais apta a resolver uma investigação da qual ela mesma comete o crime, e ela mesma investiga e ela mesmo condena. É por isso que nos do Esquerda Diário defendemos o fim da polícia e que as investigações nesse caso sejam independentes feitas por peritos independentes, organizações de direitos humanos e familiares das vítimas além de que os agentes do estado sejam levados a júri popular, para que o povo decida quais são as penas a serem aplicadas.
