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INTERNACIONAL | Intervenção na embaixada do Brasil em Paris denuncia Bolsonaro e descaso com mortes

Nesta quinta-feira (21) a embaixada do Brasil em Paris, localizada em área nobre na metrópole, amanheceu com cartazes de protesto contra o presidente da república Jair Bolsonaro. Os cartazes, todos com fundo preto, incluíam um com a icônica frase do presidente “e daí?”, com cruzes vermelhas estampadas.

quinta-feira 21 de maio de 2020 | Edição do dia

Foto: Júlio Villani/Reprodução Instagram.

Outro cartaz incluía a bandeira do Brasil com seu círculo central em vermelho escrito “caos e obscurantismo”, outro com #ForaBolsonaro, e na mensagem final: “um outro brasil é possível”.

Estes cartazes foram feitos pelo artista Júlio Villani, primeiro a publicar sobre esta intervenção nas redes sociais. As imagens viralizaram rapidamente nas redes sociais.

Não só no Brasil, mas também no exterior, cresce cada vez o número dos que se opõem ao governo Bolsonaro, e protestos contra embaixadas brasileiras no estrangeiro estão sendo cada vez mais frequentes. Não é de se surpreender que com um presidente negacionista que se coloca abertamente a favor da morte da população trabalhadora.

Em agosto de 2019, [a embaixada do Brasil em Londres foi alvo de protestos_https://www.poder360.com.br/internacional/manifestantes-jogam-tinta-em-embaixada-do-brasil-em-londres] contra a política ambiental do governo. Manifestantes jogaram tinta vermelha no prédio contra desmatamento na Amazônia e escreveram frases como ’chega de sangue indígena’.

Em setembro do mesmo ano, o consulado do Brasil na cidade de Zurique amanheceu pichado de cores vermelhas, às vésperas do encontro mundial na ONU sobre o clima, e com vidros quebrados.

Nós do Esquerda Diário repudiamos completamente o negacionismo e as políticas bolsonaristas, e também acreditamos que um outro brasil de fato seja possível. Para que esse outro Brasil possa surgir se faz necessário em primeiro lugar medidas de combate à crise que se abate agora sobre o país.

Para além do óbvio isolamento social, defendemos um auxílio emergencial de 2000 reais, o mínimo para que as famílias consigam sobreviver dignamente, muito mais do que os 600 reais oferecidos pelo governo, ou o do que os 200 reais desejados por Paulo Guedes. Juntamente com este auxílio, defendemos que não haja nenhuma demissão e que os salários dos trabalhadores sejam mantidos integralmente. Com a taxação das grandes fortunas e o não pagamento da dívida pública para financiar tais medidas.

Além disso, é preciso EPIs para todos aqueles que são obrigados a continuar trabalhando, e juntamente com os EPIs, é preciso que haja testes massivos para que se possa identificar os infectados e mapear o rastro do vírus, além da reconversão da produção de fábricas, sob controle operário, para produzir todos os insumos necessário ao combate à crise.




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