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DESIGUALDADE | Insegurança alimentar atinge mais de metade da população no Brasil de 11 novos bilionários

País registrou no último trimestre de 2020 maior nível de insegurança alimentar grave desde 2004. Cerca de 19 milhões de brasileiros enfrentaram a fome no último trimestre de 2020, segundo dados da pesquisa Olhe para a Fome.

quarta-feira 7 de abril de 2021 | Edição do dia

Foto: Leonardo de França

Segundo a pesquisa, divulgada na segunda-feira (5) pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, Mais da metade dos domicílios brasileiros – 55,2% ou 116,2 milhões de pessoas – vivem algum grau de insegurança alimentar segundo a pesquisa. A fome se fez mais presente em famílias com menor renda per capita, abaixo de um salário mínimo, de R$ 1.100.

A insegurança alimentar grave foi encontrada em 9% dos domicílios entrevistados, o que corresponde a algo em torno de 19 milhões de pessoas. Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos. Os maiores índices de fome foram encontrados nas regiões Norte (18,1%) e Nordeste (13,8%). Em 2020, o índice de insegurança alimentar esteve acima dos 60% no Norte e dos 70% no Nordeste – enquanto o percentual nacional é de 55,2%.

A pesquisa foi realizada na reta final do primeiro ano da pandemia da covid-19, e tinha como objetivo entender como o coronavírus e seus impactos econômicos se relacionam com a fome no país.

O período da coleta das informações corresponde à última rodada de pagamentos do auxílio emergencial, em uma fase em que o benefício para trabalhadores informais de baixa renda já tinha sido reduzido de R$ 600 para R$ 300. Agora com a maioria dos assistidos pelo auxílio emergencial recebendo a parcela mínima de R$ 150, a previsão é a situação piore.




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