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Inflação nos alimentos | Inflação empobrece 76% dos brasileiros. Contra a fome, é preciso expropriar as fábricas de alimentos sob controle operário

Pesquisa revela que 76% dos brasileiros tiveram sua situação financeira "muito afetada" ou "afetada" pela inflação. A população amarga na fome e miséria somadas ao desemprego, e à precarização do trabalho. Isso coloca mais a necessidade lutar por um programa operário independente para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

quinta-feira 21 de abril de 2022 | Edição do dia

Imagem: Rede Brasil Atual

Assista o ED Comenta: Contra a fome, expropriar as grandes fábricas de alimentos

A crise econômica segue se aprofundando. O índice global do preço dos alimentos é o maior em cem anos, inclusive, superando os índices da 2ª Guerra mundial. O aumento dos preços dos combustíveis causados pelos impactos da Guerra na Ucrânia atinge ainda mais o preço dos alimentos, que já vinha aumentando.

Uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) revelou que 76% dos brasileiros tiveram sua situação financeira "muito afetada" ou "afetada" pela inflação.
Refletindo grande parte dessa escalada mais recente dos preços no Brasil.

Se aprofunda a situação de fome vivida no país, que já produziu cenas absurdas como as filas do osso e lixo, ou recentemente a morte de uma mulher queimada por cozinhar com álcool, por não ter dinheiro para comprar um botijão de gás.

Leia mais: O alto custo do gás e as queimaduras nos corpos das mulheres

Essa é a miséria que o capitalismo produz. Enquanto bilionários e milionários enriquecem, a população amarga na fome e miséria somadas ao desemprego, e à precarização do trabalho. Isso coloca mais a necessidade lutar por um programa operário independente para que sejam os capitalistas que paguem pela crise.

E, essa situação aumenta ainda mais o papel criminoso das burocracias sindicais, dirigidas majoritariamente pelo PT e PCdoB, através da CUT e CTB, que não fazem absolutamente nada frente a essa situação. Precisamos retomar o caminho da luta de classes, organizando os trabalhadores com seu métodos de luta como greves e paralisações ao lado da juventude, dos indígenas, das mulheres, negros e lgbtqia+’s. E para estar ao lado destes, não é possível estar com a direita e Alckmin, como faz Lula e o PT. E a esquerda, como o PSOL, se adapta a esse projeto político de conciliação de classes. Exemplo disso é sua capitulação histórica com a federação com o partido burguês golpista, REDE, de Marina Silva.

Para enfrentar a fome é preciso não somente batalhar pelo congelamento imediato dos preços dos alimentos, mas a expropriação sob controle operário das fábricas e multinacionais da alimentação combinando isso com a luta por uma reforma agrária radical para enfrentar o agronegócio. E também, a luta pelo reajuste salarial de acordo com a inflação e por emprego por direito para todos.

Isso só pode ser conquistado através da organização e mobilização independente e pela base, em cada local de trabalho e estudo, dos trabalhadores ao lado dos estudantes e setores oprimidos. Unificando cada luta em curso para conquistar esse programa, luta contra Bolsonaro e Mourão, para além de enfrentar a paralisia eleitoral das centrais que preferem vender a ilusão de que nossa precisa ser com a direita.

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