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AUMENTO NOS PREÇOS | Inflação acumulada nos últimos 12 meses atinge seu maior índice desde 2003

quinta-feira 11 de junho de 2015 | 01:03

O índice de inflação acumulada nos últimos 12 meses divulgado nesta quarta feira pelo IPCA chegou as 8,47% e atingiu sua maior cotação desde 2003, patamar já atingido no mês anterior.

Segundo o instituto dentre as maiores contribuições para o aumento dos preços estão as tarifas administradas, e por dentro delas a energia elétrica, junto com a subida dos preços dos alimentos.

Se considerado apenas o mês de maio o aumento da inflação foi de 0,74% em relação a abril, mês em que o índice tinha sido de 0,71%.

É um índice alto para o mês, o maior desde 2008, quando os alimentos pressionaram a inflação brasileira. Naquele momento, a economia do país sofria com os primeiros efeitos da crise internacional.

A inflação acumulou alta de 5,34% nos cinco primeiros meses desse ano, a taxa mais alta desde maio de 2003 (6,80%).

A alta nos preços das mercadorias frente ao valor da moeda, que se reflete numa maior taxa de inflação, é uma das estratégias preferidas da patronal para atacar os salários e as condições de vida dos trabalhadores e por isso é um fenômeno que sempre se repete nos períodos de crise econômica, como o que agora estamos atravessando.

Já um dos maiores representantes ideológicos da burguesia no campo da economia no século XX, John Maynard Keynes, defendia que a melhor forma de diminuir os salários reais dos trabalhadores não era uma diminuição de seu salário nominal (de $1.000,00 para $900,00, por exemplo) mas um aumento nos preços que fizesse com que o mesmo salário nominal valesse menos, tivesse um valor menor que anteriormente (por exemplo, se o salário nominal continua $1.000,00, mas os preços sobem em 10% o salário real, o poder de compra dos trabalhadores, passa a ser o mesmo que se seu salário tivesse tido uma diminuição de 10%).

Contra esses ataques mascarados as nossas condições de vida temos que ter um programa nosso, dos trabalhadores, que seja uma resposta classista a questão tão urgente.

Que os preços das mercadorias sejam controlados por uma comissão gerida por representantes dos trabalhadores e setores populares (sindicatos, comissões de fábrica, associações de bairro, etc).

Que nossos salários aumentem ao mesmo tempo e na mesma proporção em que aumentam os preços das mercadorias, dos serviços e tarifas. E que lutemos pelo salário mínimo do DIEESE (R$ 3,377,62) e a redução da jornada de trabalho, sem redução do salário para que todos possam tem direito ao emprego.

É esse o programa que pode garantir nossos salários e condições de vida.


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Economia



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