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LUTA INDÍGENA | Indígenas mostram o caminho da mobilização: unidade com eles e não com a direita

Na última quarta-feira, 30, ocorreu um dia nacional de luta dos povos indígenas contra o PL490 e o marco temporal. No mesmo dia, partidos da esquerda assinaram o super pedido de impeachment ao lado da direita, representada por figuras como Joice Hasselmann e Kim Kataguiri. Em meio à fome, desemprego, privatização da eletrobrás, mais de 500 mil mortes por Covid, a luta que os indígenas mostraram como caminho é a única estratégia que pode derrubar de fato Bolsonaro, Mourão e todo o regime do golpe institucional.

quinta-feira 1º de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Denny Cesare/Código

Já são mais de 500 mil mortes pela pandemia no Brasil fruto do absurdo negacionismo de Bolsonaro, Mourão e do conjunto do regime golpista. Enquanto isso, a fome e o desemprego atingem números absurdos. Enquanto escândalos de propina na compra de vacinas vêm à tona junto com um enorme descontentamento da juventude e da população com o governo Bolsonaro e Mourão, o PSOL, PSTU, PCB e UP acham que é um bom momento para se unir à direita, com a qual nossos interesses sempre serão inconciliáveis.

MBL, PSDB, DEM e PSL, que saíram em fotos junto com organizações de esquerda e dizem que está na hora de juntar os dois lados para tirar Bolsonaro, é a mesma que foi porta-voz do golpe de 2016, que veio para aplicar ataques ainda mais profundos do que os que o PT já aplicava. Depois, no governo Bolsonaro, sempre apoiaram reformas que foram aprovadas, como a da previdência, e são ferrenhos defensores das privatizações como vimos recentemente com a Eletrobrás. São setores que podem tentar se colocar como oposição, mas que têm um acordo em comum: querem descarregar a crise nas costas dos trabalhadores e do povo pobre.

O super pedido de impeachment não passa de uma saída institucional que colocaria Mourão na presidência. Isso mesmo, Mourão, defensor da sanguinária ditadura militar, racista que disse que o Brasil herdou “indolência” do índio e “malandragem” do negro. Não precisa ir muito além para colocar que isso nunca fortalecerá a nossa luta contra os ataques do governo Bolsonaro e sua herança escravocrata que odeia os povos originários.

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Enquanto isso, atos em diversos lugares do país aconteceram na última quarta-feira contra o PL490, mais um ataque do governo Bolsonaro e Mourão e desse regime golpista aos povos indígenas, devastando a já precária política de demarcação de terras no Brasil, garantindo maior abertura para empreendimentos predatórios dos grandes latifúndios, do agronegócio à mineração.

Precisamos lutar por essa unidade na nossa classe - de indígenas, trabalhadores, juventude e movimentos sociais - em exigência as centrais sindicais, principalmente à CUT (PT) e CTB (PCdoB), e também à UNE (majoritariamente dirigida pelo PCdoB e PT), para que rompam com essa paralisia e desvio da nossa força para o fortalecimento de Lula nas urnas, desviando a nossa força para as eleições, enquanto não constroem na base a auto organização de trabalhadores e estudantes para barrar todos os cortes e reformas.

Uma greve geral será um grande passo para a nossa auto-organização. A CSP Conlutas e a Intersindical poderiam dar o exemplo e desde as categorias que dirigem e organizar assembleias que votem uma greve geral e um chamado à que a CUT e a CTB encampem essa política.

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