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PRIVATIZAÇÕES | Imperialismo espanhol pressiona Temer a agilizar entrega de aeroportos

A multinacional espanhola Ferrovial, através de seu presidente Alejandro de la Joya, afirmou publicamente que a companhia está pronta para a disputa pelo quarto lote de privatizações de aeroportos brasileiros

sexta-feira 8 de julho de 2016 | Edição do dia

Dando continuidade as privatizações dos governo petista Dilma, o quarto lote inclue os aeroportos Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, Internacional de Florianópolis Hercílio Luz e Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Segundo nota da Infraero[1] o leilão pela concessão dos aeroportos está previsto para o segundo semestre deste ano e conta com 11 empresas habilitadas até a fase atual.

O governo de Dilma já havia entregue à iniciativa privada os principais aeroportos do país, largando nas mãos de empresas a estrutura financiada pelo dinheiro do estado. Como já mostramos aqui[2], o golpista Michel Temer quer alterar a medida por meio de emendas que legalizem a participação de 100% do capital estrangeiro em qualquer caso, sem exigência de reciprocidade em relação ao país de origem do capital; ou seja, que legalizem a entrega ao imperialismo de todos os aeroportos brasileiros.

Em confluência com a política dos golpistas, a multinacional Ferrovial deixou claro: "para nós, só faz sentido investir em um consórcio com mais de 40% de participação ou mais de 50%" e que "não faz parte dos nossos planos sermos sócios minoritários". A empresa pressiona pela publicação da nova política de concessões, na qual o atual secretário do Programa de Parceirias e Investimentos do Brasil, Moreira Franco, conclui em conjunto com Temer.

O que querem os golpistas é aplicar o que o PT com seu governo não foi capaz de aplicar. Temer visa entregar em grandes pacotes todas as riquezas do país nas mãos do capital.

O que acontece posteriormente as privatizações fica claro quando vemos exemplos como o desastre de Mariana, pela Vale. A empresa que foi vendida a um baixíssimo preço, rendeu milhões aos seus investidores, porém, para os trabalhadores e o povo de Mariana só restou precarização e lama tóxica. Podemos ver em casos recentes na Petrobrás, outra gigante brasileira a anos na mira dos imperialismos, onde estações privatizadas só tiveram aumento no indice de acidentes de trabalho.

Com a crise econômica que vem desde 2008 cada vez latente, os imperialistas já não vêem mais como possível um governo que entregue os recursos do país a "conta gotas". O governo golpista mostra a cada dia que o que chama de "medidas impopulares", significa atender as necessidades dos imperialistas, permitindo demissões em massa, arrocho salarial, precarização, etc.

[1] http://www.infraero.com.br/index.php/br/transparencia/concessao.html
[2] http://www.esquerdadiario.com.br/Aeroportos-Dilma-quer-privatizacao-express-para-competir-com-a-privatizacao-do-golpista-Temer


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Economia



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