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LGBTFOBIA | Igreja católica irlandesa está de luto pela legalização do casamento igualitário

O referendo de 22 de maio aprovou a legalização do casamento entre casais do mesmo sexo na Irlanda. A igreja católica, que encabeçou a campanha ultrarreacionária contra a aprovação, disse que está de “luto”.

quinta-feira 18 de junho de 2015 | 00:56

O arcebispo fez essas declarações uma semana depois do Vaticano, através do discurso do cardeal Pietro Parolin, qualificar a vitória do “sim” ao casamento gay nessa consulta como “uma derrota para a humanidade”.

Segundo explicou Eamon Martin à emissora pública irlandesa RTE, a mensagem de Parolin é reflexo das “profundas convicções” que “temos em relação ao significado da instituição do matrimônio”.

O arcebispo insistiu que, com essas palavras, o secretário do Estado da Santa Sé “tratava de expressar esse sentimento de perda, de luto” que esse plesbicito gerou, que converteu a Irlanda no primeiro país que consultou seu eleitorado de pouco mais de três milhões sobre esse assunto.

Martin falou sobre o que chamou de “dificuldades” dos que se opuseram ao matrimônio homoafetivo durante a campanha do plesbicito, pois “ocorreram dois debates paralelos”.

“Por um lado havia o debate sobre o significado do casamento e, por outro, a questão do respeito aos homoafetivos e a necessidade de mostrar tolerância”, disse o dirigente católico máximo na República da Irlanda e Irlanda do Norte.

“Eu quero salientar as pessoas que tomaram a valente decisão de defender a união em matrimonio entre homem e mulher neste país”, disse Martin, que negou que a Igreja tenha perdido influência em um país de forte tradição católica.

“Claro que não. Não acredito que o que 750.000 pessoas disseram seja relevante”, afirmou o dirigente religioso se referindo aos 62% do eleitorado que votou “sim” na consulta em um país de quase 4,6 milhões de habitantes.

A República da Irlanda, de forte tradição católica, disse sim ao matrimônio igualitário mediante um plebiscito que aprovou com 62,07% do eleitorado a promulgação desta demanda da diversidade sexual.

Fonte: Agencias

Tradução: Ana Fulfaro




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