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CORONAVÍRUS | Idoso morre de COVID-19 na fila por UTI no RJ, enquanto governo mantém UTIs sem uso no estado

Pedro Bezerra de 63 anos faleceu dentro da UPA da Tijuca na madrugada desta terça feira enquanto aguardava por um leito devido as lotações das redes municipais e estaduais, por falta de política de Witzel e Crivella. Enquanto isso hospitais federais, que possuem leitos de UTI, não liberam por falta de médicos e EPIs.

terça-feira 28 de abril de 2020 | Edição do dia

Pedro Bezerra de 63 anos faleceu dentro da UPA da Tijuca na madrugada desta terça feira enquanto aguardava por um leito devido a superlotação no hospital. Já são 6 dos 7 hospitais da rede estadual lotados e o Zilda Arns, em Volta Redonda, com duas vagas. 11 médicos mortos e 640 profissionais de saúde afastados por suspeita de coronavírus pela falta de equipamentos básicos nos hospitais. Uma situação desoladora que exige soluções emergenciais.

Enquanto isso Witzel prometeu entregar 250 leitos de UTI em hospitais de campanha, apenas 30 foram entregues. Vagas que poderiam ter auxiliado Pedro Bezerra e outras pessoas na fila por leitos. Porém, enquanto essas pessoas morrem e a saúde colapsa, Witzel e Crivella estão mais reocupados em tranquilizar as pessoas para flexibilizar a quarentena e atender os interesses dos empresários. Numa mostra da falsa polarização entre governadores e Bolsonaro.

Bolsonaro e o governo federal, alías, que também tem responsabilidade direta pela morte de Pedro Bezerra. Em uma audiência com defensoria pública da união em relação as vagas de leitos nas unidades federais, o órgão relata que os leitos que estão vazios não podem ser direcionados para os pacientes com Covid-19 porque não há equipamentos de proteção individual e nem equipe medica e nem equipes médicas para o acompanhamento dos pacientes.

Ao mesmo tempo o estado não contrata novos profissionais, dispensa e demite os antigos e nega a compra de respiradores a superlotação se amplia em condições desumanas colocando pacientes e funcionários em situações insalubres tendo que usar espaços e equipamentos de proteção individual improvisados.

Enquanto isso Nelson Teich cancela a compra de mais de 15 mil respiradores para direcionar mais dinheiro público aos capitalistas tendo como contrapartida o nosso sofrimento nas filas dos hospitais.

A saúde pública agoniza com todo o sucateamento ultraneoliberal em prol do enriquecimento dos grandes empresários da saúde privada. Não só a saúde agoniza, mas também idosos, crianças e todos os trabalhadores que sustentam a sociedade, que são roubados e jogados à própria sorte por esse sem atendimento pela saúde desse estado em decadência que não nos reserva nada a não ser a morte sistemática enquanto banqueiros e empresários da saúde lucram bilhões com a pandemia.

A única resposta para tudo isso é que a saúde esteja plenamente a serviço da população e que essa seja controlada pelos trabalhadores para os trabalhadores. Para isso precisamos a partir da luta dos setores ativos com sua auto organização e impormos uma assembleia constituinte livre e soberana da qual possamos reverter a PEC do teto de gastos e não pagarmos a dívida pública, para que assim possamos direcionar o dinheiro para o investimento em saúde pública e combatermos o Covid-19 com a eficiência que somente os trabalhadores da saúde e higienização com plena estrutura e equipamentos podem ter em meio a essa crise.




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