São quase dois milhões na Fila de pedidos de aposentadoria, salário-maternidade e BPC à espera de resposta do governo. De forma absurda, a promessa é de acabar com as filas somente em setembro.
sexta-feira 17 de janeiro de 2020 | Edição do dia
Imagem: Márcia Foletto
As filas intermináveis são um cenário comum do cínico imaginário capitalista ao retratar o socialismo, o regime cubano e tudo que derive dele. Pois bem, para alegria dos capitalistas, que querem retirar todos os nossos direitos, o que estamos assistindo no despertar de 2020 não é uma virada comunista do país. Pasmem, foi um governo de extrema direita que colocou 2 milhões de brasileiros para comer o pão que o diabo amassou em uma espera que só promete ser finalizada em setembro.
O sofrimento das famílias passam por relatos terríveis, pessoas que ficam desamparadas e que precisam se apoiar onde podem para não viver na miséria. Veja o relato de Veralucia, de 64 anos, que após contribuir para a Previdência por 20 anos, na maior parte do tempo como doméstica, deu entrada no pedido de aposentadoria pela internet, em julho do ano passado. Em novembro, no entanto, a moradora do Paranoá - cidade do DF a cerca de 20 quilômetros de Brasília - teve que voltar a um posto do INSS para digitalizar a carteira de trabalho. Segundo ela, o atendente disse que a resposta deveria chegar em meados de dezembro, o que até hoje não ocorreu:
Bolsonaro aprovou em 2019 a Reforma da Previdência, um brutal ataque aos trabalhadores, e à juventude que ingressa no mercado de trabalho, já sem perspectivas de se aposentar. Hoje são quase 2 milhões de pedidos feitos ao INSS em fila de espera. Diversos trabalhadores e trabalhadoras que frente ao avanço e aprovação da Reforma da Previdência correram para garantir seus direitos.
Segundo o instituto, desse total, 1,3 milhão aguardam a liberação há mais de 45 dias - prazo regulamentar para conceder ou negar uma solicitação. Depois disso, o INSS é obrigado a pagar correção monetária sobre os valores que devidos.
Após o sucateamento do INSS, Bolsonaro contratará 7 mil militares. A medida vai ter um custo de R$ 14,5 milhões por mês – em seis meses atingindo um montante de quase R$ 90 milhões.
Com informações do O Globo