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INDÚSTRIA | IBGE anuncia nova queda na produção industrial para o mês de julho

quinta-feira 3 de setembro de 2015 | 02:10

Redação

Segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira (2), a produção industrial nacional de julho de 2015 recuou 1,5% frente à junho. Com isso, a indústria encontra-se 14,1% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Em comparação com igual mês do ano anterior, a indústria apontou queda de 8,9% em junho de 2015, a 17ª taxa negativa consecutiva. Assim, no acumulado dos sete primeiros meses de 2015, o setor industrial acumulou redução de 6,6%.

Frente à junho de 2015, a produção industrial recuou em 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre os setores pesquisados, o principal resultado negativo foi apresentado pela indústria de produtos alimentícios, que recuou 6,2%, eliminando a expansão de 4,3% observada no mês anterior. Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria vieram das atividades de bebidas (-6,2%), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%) e de indústrias extrativas (-1,5%).

Na comparação com julho de 2014, o setor industrial mostrou queda de 8,9% em julho de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, segundo o relatório do IBGE. Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 19,1%, e a de produtos alimentícios (-7,2%) exerceram as maiores influências negativas na formação da média da indústria. Estes resultados negativos foram consequência da redução na produção de caminhões, automóveis, carrocerias para ônibus e caminhões. E no caso, da indústria de alimentos, o resultado ruim foi puxado pela queda na produção de produtos como o açúcar cristal e refinado de cana, sucos concentrados de laranja, carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, bombons e chocolates em barras, biscoitos e leite em pó. É importante destacar que estes dois ramos da indústria foram os que mais cresceram na última década e, principalmente, o setor de produção de alimentos, são setores que empregam grande volume de trabalhadores.

Outras contribuições negativas relevantes vieram da produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,8%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,2%), de máquinas e equipamentos (-15,1%), de produtos de metal (-13,0%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,7%), de metalurgia (-7,9%), de outros produtos químicos (-6,4%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-14,3%), de bebidas (-10,5%), de produtos de borracha e de material plástico (-9,0%) e de produtos têxteis (-18,6%).

No índice acumulado para o período janeiro-julho de 2015, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 6,6%, com queda na produção de 71,1% dos 805 produtos pesquisados pelo IBGE. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-20,2%) e no setores de eletroeletrônicos e alimentos.

Novamente, os dados da produção industrial mostram uma quase queda generalizada da produção, o que já está tendo como consequência direta o aumento nas demissões na indústria e nas horas extras de trabalho. O governo Dilma aprovou políticas como o PPE e cortou direitos dos trabalhadores, como o seguro-desemprego, para proteger os lucros dos empresários, porém os dados seguem apontando a continuidade da crise da indústria.

A saída para esta crise só pode ser dada pela organização independente dos trabalhadores e pela criação de uma terceira via política independente dos patrões e do governo para que a crise política e econômica do país não seja capitalizada pela direita e que os trabalhadores e os mais pobres de fato não paguem pelos custos da recessão econômica.


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