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LGBTFOBIA | Holiday faz declarações homofóbicas e diz que vomitaria se assistir peça do Teatro Oficina

Novamente o vereador Fernando Holiday, mostrou seu reacionarismo ao ser contra construção de um parque para espaço artístico, ao dizer ser dizer que o Teatro Oficina que está envolvido no projeto ser imoral por uma cena com dois homossexuais contracenando e que vomitaria se assistisse à peça.

terça-feira 19 de junho de 2018 | Edição do dia

Na semana passada, o vereador negro que é contra as cotas raciais e também membro do grupo reacionário Movimento Brasil Livre, Fernando Holiday recebeu em seu gabinete, o diretor do Teatro Oficina, Zé Celso, outros integrantes da companhia e moradores do bairro do Bexiga. O grupo havia ido à Câmara para pressionar pela aprovação do projeto que cria um parque no terreno que pertence a Silvio Santos, onde o Teatro Oficina fica ao lado.

Holiday vinha se mostrando contra a proposta de um parque e obstruindo a votação do projeto no plenário, argumentando que a proposta deve antes passar em todas as comissões da casa. Ainda por cima em sua tribuna para argumentar contra a proposta, o vereador reacionário descreveu a cena de uma peça do Teatro Oficina que ele considera como imoral, no qual um ator introduz um dedo no ânus de outro.
Através dessa declaração homofóbica na Plenária, Zé Celso e os demais integrantes do grupo forma ao encontro do membro do MBL. Zé Celso logo no inicio do encontro fala sobre a visão moralista do vereador, e diz que “a moral é uma coisa muito relativa” e depois recita uma versão do “Soneto do Olho do Cu”, que apareça na cena que Holiday crítica.

Após isso, o dramaturgo afirma que a visão de mundo do vereador é o “fascismo, o nazismo uma coisa inclusive racista”. É nesse momento que Holiday o interrompe alegando que Zé Celso o havia ofendido por tê-lo chamado de racista, sendo ele um negro liberal que é contra as cotas raciais e a oportunidades de negros(as) terem acesso ao ensino superior, onde por causa do racismo estrutural é quase inviável.
Holiday começa a argumentar os motivos que é contra o projeto de construção do parque, alegando que o parque relativizaria o direito a propriedade privada, e que a prefeitura não tinha dinheiro para investir nesse projeto. Em seguida os assessores do vereador que são tão reacionários e homofóbicos quanto o próprio, diz que o projeto defende uma cultura na qual “eles não concordam”, mostrando como os ideais reacionários do MBL são também anti-democráticos, com a diversidade e a cultura devido ao seu conservadorismo.

Para encerrar o encontro, Holiday ainda fala que não apoiaria um projeto que onde se passa uma peça que teria “um homem enviando o dedo no ânus de outro homem”, e que não iria ver a peça pois “vomitaria no meio dela”.

As declarações homofóbicas de Holiday, mostra escancaradamente o conservadorismo absurdo e um retrocesso em sua visão de cultura. Não é de hoje que Holiday teve declarações polêmicas com seu reacionarismo, como já se mostrou várias vezes contra as cotas raciais, inclusive ter gravado um vídeo quando foi adotado o sistema de cotas na USP, e alegava que o sistema de cotas para pretos, pardos e indígenas segregaria a população, uma falácia completamente absurda.

Holiday mostra nesse encontro com Zé Celso e no discurso na Câmara dos vereadores a visão homofóbica do seu grupo de jovens conservadores, como toda polemica com a exposição do Queermuseu em Porto Alegre ano passado, onde protestaram contra exposição alegando que se referia a “depravação”, “blasfêmia” e “imoralidade”. Onde foi uma situação igual a que ocorreu em São Paulo agora com Holiday, havendo a LGBTfobia como pano de fundo.

Vídeo do encontro logo abaixo:




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