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CASTA POLÍTICA | Heloísa Bolsonaro diz passar ’perrengues’ em viagens aos Estados Unidos ao lado de Eduardo

quinta-feira 28 de novembro de 2019 | Edição do dia

Enquanto seu Jair Bolsonaro reduz o salário mínimo de 2020 para míseros R$ 1.031 como estimativa, Heloísa e todos os membros da família Bolsonaro demonstram que vivem num verdadeiro conto de fadas proporcionado pelos gastos públicos que os trabalhadores tem com seus políticos.

Casada com Eduardo Bolsonaro, que além de inúmeros auxílios, recebe a a bagatela de um salário de R$ 33 mil para ser deputado, Heloísa Bolsonaro disse que ela e ele passam ’alguns perrengues’. Heloísa ainda esforçou-se nas postagens no Instagram para deixar claro que não são privações, mas sim, que a vida deles não é, nas palavras dela, "uma vida luxuosa".

Por exemplo, nas postagens, Heloísa disse os dois não esbanjam, porque, segundo ela:

"Quando a gente vai para os Estados Unidos, a gente economiza. No Havaí, a gente vivia almoçando em um mercadinho lá, que é maravilhoso, e nosso almoço era US$ 2, US$ 3. E era assim, ficava até mais magrinha, maravilhosa"

Realmente, um exemplo de desprendimento das questões materiais. Heloísa está tentando discutir com quem, segundo ela, tem a "ilusão" de que todo mundo que entra para a política enriquece. Diz ela "[Tem quem ache] que entrar na política é sinônimo de enriquecer e não é verdade. Só estou falando isso porque sim, às vezes, eu faxino minha casa porque não quero gastar".

Realmente uma vida "muito sacrificada", aliás, o retrato do casamento dos dois ostentando riqueza em um casarão de luxo em Santa Tereza. Afinal de contas, Eduardo Bolsonaro fez por merecer a indicação a embaixador nos EUA, que não se concretizou. Foi por puro mérito, não é porque o pai dele é presidente. Aliás, se corrermos a ficha de Eduardo, veremos que ele também deu duro durante os 4 anos que ele teve que trabalhar como escrivão da PF, de 2010 até 2014 quando foi eleito deputado federal no vácuo de seu pai.

Enquanto milhões de brasileiros estão desempregados e Jair Bolsonaro lidera ataques contra a classe trabalhadora, fazendo-os trabalhar mais tempo antes de se aposentar, propondo absurdos como a MP do trabalho verde amarelo, ou os absurdos capitalistas de Paulo Guedes que quer acabar com a saúde e a educação públicas, nota-se que tem muita gente por aí "se sacrificando" como político, recebendo auxílios-moradia tendo casa, recebendo salários de dezenas de milhares, auxílios paletó, cobertura médica, tudo pago com dinheiro público.

Isso só mostra o quão obtuso é o discurso de Jair Bolsonaro contra os supostos "privilégios". O que ele quer acabar é com os direitos dos trabalhadores. Os privilégios dos políticos, estes ele jamais toca.




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