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TEORIA | Há um ano do lançamento de “Mulher, estado e revolução” no Brasil

sexta-feira 29 de maio de 2015 | 00:03

Neste mês de maio se completa um ano do lançamento do livro “Mulher, estado e revolução” da historiadora norte-americana Wendy Goldman, publicação da Boitempo Editorial e Edições ISKRA. Durante todo este último ano o livro se mostrou como um grande aporte a luta das mulheres no Brasil inteiro. As mesas de lançamentos em distintos estados reuniram mais de 800 pessoas, com a presença da autora Wendy Goldman e também de Andrea D’Atri, fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas na Argentina. Foram lançamentos no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e outras cidades. Nas mesas estiveram presentes também intelectuais e trabalhadoras como Renata Gonçalves, Rita Frau, Silvana Ramos, Sofia Manzano, Felicia Picanco, entre outras.

Foi a primeira vez no país em que uma publicação tratou com profundidade a luta das mulheres durante a Revolução Russa de 1917. Além de uma novidade, trouxe uma nova visão dos debates bolcheviques em torno da luta contra a opressão à mulher e o amor livre, tema tão pouco tratado atualmente. O livro teve repercussão nos jornais Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, Revista TPM, Jornal O Imparcial, Revista Le Monde Diplomatique Brasil, Carta Capital, Revista Fórum, Revista O Globo, Revista Época, Revista Sociologia, Revista Conhecimento Prático Filosofia, Literatura Marxista e publicação do Sindicatos dos Metalúrgicos.

Foram organizadas rodas de discussão com trabalhadoras de diversos locais de trabalho, incluindo terceirizadas. Com professoras, metroviários, trabalhadoras do comércio e dos serviços e também estudantes, foram organizadas muitas discussões pra que as próprias trabalhadoras pudessem conhecer a história de sua classe e os processos mais avançados na luta contra a opressão às mulheres.

Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP e autora do prólogo do livro declarou ao Esquerda Diário que “Foi um orgulho para nós levar adiante este projeto pois realmente consideramos que foi um aporte para a luta das mulheres em todo o país. O brilhante estudo de Wendy Goldman contribui pra reafirmar uma perspectiva socialista e revolucionária na luta das mulheres. Particularmente nós do grupo de mulheres Pão e Rosas tentamos levar o livro para o maior número de trabalhadoras. Eu estive em dezenas de lançamentos, mas também em pequenas reuniões com trabalhadoras de vários locais, como por exemplo com as trabalhadoras do bandejão da USP que puderam conhecer um pouco mais da grande façanha que foi a Revolução Russa e puderam se identificar tão rapidamente com as demandas das operárias russas de 1917”.

Sobre a publicação Ivana Jinkings, da Boitempo Editorial contou ao Esquerda Diário que “O livro ‘Mulher, estado e revolução’ teve ótima recepção, de público e na imprensa. Reimprimimos o livro alguns meses após o lançamento e ele foi um dos 10 mais vendidos na Feira da USP de 2014. Ele marcou o início de uma atenção maior de nossa programação editorial ao feminismo, e desde então publicamos ‘Último aviso’, ‘Feminismo e Política’ e vamos lançar até o fim deste ano o ‘Reivindicação dos direitos da mulher’, de Mary Wollstonecraft. aproveitando os 20 anos da Boitempo, a serem completados em setembro próximo, reforçaremos a importância do movimento feminista como parte fundamental da luta de classes”.




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