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JUSTIÇA POR JOÃO PEDRO | Há 1 ano do assassinato de João Pedro pelas mãos da polícia, lutamos por justiça

João Pedro foi assassinado pela polícia civil carioca com um tiro de fuzil nas costas, dentro de sua própria casa. Em 2020, foram 8 mortes de crianças e 22 baleadas em operação policial, todas elas eram negras!

terça-feira 18 de maio de 2021 | Edição do dia

Em meio a uma operação que ocorria dentro da favela do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), pela Corregedoria de Recursos Especiais (CORE), a mesma polícia responsável pela chacina do Jacarezinho que deixou 27 mortos, João Pedro de apenas 14 anos foi assassinado covardemente. Os policiais tentaram alegar que se tratava de um confronto e que havia tido disparos de dentro da casa, mas na verdade João Pedro brincava com seus primos quando foi baleado pela polícia.

Logo após seu assassinato milhares saíram às ruas em todo o país para exigir justiça, inspirados pela luta negra do Black Lives Matter. Na semana que passou, também jovens e trabalhadores protestaram nas ruas contra a chacina do Jacarezinho nos atos que ocorreram no 13 de Maio, denunciando o racismo e a violência policial.

João Pedro e tantas outras crianças e adolescentes foram assassinadas e baleadas em operações policiais em plena pandemia. Isso mostra que no sistema capitalista nem direito a quarentena os trabalhadores e povo pobre conseguem fazer. A fome, as mortes pela covid, o desemprego e o racismo policial são a expressão mais nojenta de como todo o regime do golpe, mas também, Bolsonaro, Mourão, o ex-governador Witzel e o atual Cláudio Castro tem a oferecer aos trabalhadores na pandemia.

Há 1 ano do assassinato de João de Pedro seguimos na luta por justiça sem nenhuma policial ter sido ao menos julgado. Isso mostra como não devemos ter nenhuma confiança na polícia, sobretudo quando ela própria investiga os crimes que comete. No caso do João Pedro o delegado que investigava o assassianto era o mesmo que estava participando da operação policial, um absurdo.

É por isso que viemos abrindo um debate sistematicamente com a esquerda sobre o papel da polícia, porque está mais que claro que ela não cumpre a função de “proteger” os cidadãos. Não se pode debater a segurança pública sem levar em consideração que ela está profundamente ligada a violência social e às desigualdades sociais. Em outro sentido, a própria violência policial existe justamente para manter o nível de desigualdade social do jeito que está, defendendo a propriedade privada. Ela cumpre o papel de ser o braço armado do estado e no Rio de Janeiro, ela se liga diretamente ao crime organizado e às milícias.

Isso deixa claro que saídas utópicas como a humanização da polícia são insuficientes para combater esse problema social. Certamente a polícia precisa ser abolida, juntamente com outras demandas como o fim dos autos resistência, fim das operações policiais, esse é um programa consequente que toda esquerda e movimento negro deveria levantar para botar fim a violência policial e aos assassinatos que passam impunimente nas favelas. Além disso, casos como o da chacina do Jacarezinho, João Pedro, Marielle Franco e tantos outros mostram que para que de fato se faça justiça e punam os assassinos precisamos de uma investigação independente.

Devemos retomar às ruas para exigir justiça a João Pedro, batalhando por uma investigação independente, porque já se passaram 1 ano de sua morte e nada foi feito. Só em base a nossa luta com total independência de classe podemos conseguir que se faça justiça aos assassinos de João Paulo. Ainda mais que essa investigação agora corre sob o governo de Cláudio Castro que apoia completamente que a polícia oprima e assassine nas favelas. Assim como Bolsonaro e Mourão, outros dois racistas declarados.




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