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HSBC | HSBC encerrará atividades no Brasil e prevê 50 mil demissões no mundo

quarta-feira 10 de junho de 2015 | 00:01

O HSBC Holdings, o maior banco da Europa, anunciou nesta terça-feira uma reconstrução global em massa que contempla um aumento de sua presença na Ásia, a saída quase total do Brasil e Turquia e o corte de cerca de 50 mil empregos para 2017 a fim de reduzir custos.

Em um anúncio feito em Hong Kong, onde foi fundado em 1865, e em Londres, onde atualmente tem sua sede, a entidade dirigida por Stuart Gulliver precisou seu objetivo de conseguir uma economia anual de US$ 5 bilhões para restabelecer o crescimento.

Com a meta de melhorar seu rendimento, o banco procura reduzir seu tamanho global, vendendo a maioria de suas operações na Turquia e Brasil, onde não consegue competir com seus rivais.

Ao mesmo tempo, o banco planeja aumentar sua presença na Ásia, especialmente no sudeste e na China, onde prevê intensificar a expansão da gestão de ativos e seguros no Delta do Rio da Pérola, além de potenciar a internacionalização do iuane, segundo indicou hoje.

A saída da Turquia e Brasil -onde possivelmente manterá os serviços a seus melhores clientes- se traduzirá em cerca de 25 mil demissões, que se somam a outras 25 mil em outros países (oito mil no Reino Unido), de um quadro de cerca de 260 mil pessoas.

"Devemos reconhecer que o mundo está mudando e nós devemos mudar com ele", declarou Gulliver ao confirmar a "significativa reforma" do negócio.

As demissões anunciadas hoje se somam às 40 mil já aplicadas pelo banco entre 2011, quando Gulliver assumiu as rédeas, e em 2013, que não conseguiram alcançar os objetivos de rentabilidade esperados.

Dominic Hook, porta-voz do sindicato Unite -que representa os funcionários- lamentou que, "após os escândalos dos últimos anos, a força de trabalho deva sofrer mais uma vez e pagar pelos erros de outros com seus empregos, suas condições e sua reputação".

Na quinta-feira, sua filial suíça acordou pagar 40 milhões de francos (US$ 43 milhões) às autoridades desse país para que arquivem uma investigação sobre seus serviços a supostos evasores de impostos e criminosos com contas opacas, revelados pelo ex-funcionário Hervé Falciani.

O HSBC foi acusado nos últimos anos de lavagem de dinheiro, manipulação das taxas de juros interbancário e dos mercados de divisas e venda indevida de produtos financeiros.

As medidas anunciadas hoje são para tentar readquirir a confiança dos investidores depois dos escândalos dos últimos tempos.

Nos últimos anos, o banco imperialista obteve lucros bilionários no Brasil e na América Latina às custas dos altos juros cobrados de seus correntistas e do estado brasileiro, sendo que boa parte destes recursos deixaram de ser aplicados na saúde, educação e moradia. Agora, o HSBC direcionará sua pilhagem contra os trabalhadores e o conjunto da população dos países asiáticos, deixando para trás um enorme rastro de demissões e famílias sem sustento.




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