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CORONAVÍRUS | Guedes propõem ajuda a trabalhadores informais que não compra sequer meia cesta básica

A intenção do ministro é disponibilizar uma ajuda de R$ 200 para os “trabalhadores informais” e “desassistidos”. Entretanto, esse valor chega a apenas 38,5% do valor médio de uma cesta básica em São Paulo, na cidade onde o valor é mais barato, representa apenas 53,9%.

sábado 21 de março de 2020 | Edição do dia

O ministro chegou a dizer que pela internet dá para comprar duas cestas básicas com o valor, porém, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos) a quantidade é insuficiente para garantir segurança alimentar a uma família com dois adultos e duas crianças por um mês e de não inclui alimentos frescos (carnes, verduras, legumes, frutas, ovos), além de não conter itens de higiene e limpeza (sabonete, sabão em pó e desinfetante) suficientes para quatro pessoas, colocando essas pessoas em uma situação de verdadeira calamidade, sem ter como pagar as contas e nem se alimentar e higienizar de forma mínima. Além disso, quem recebe algum outro benefício não receberá esse valor.

Em acordo das centrais sindicais, com a assessoria do Dieese, propôs-se ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um seguro-renda no valor de R$ 500,00 por trabalhador, também aos que já recebem o Bolsa Família. Valor que também não assegura o valor médio de uma cesta básica em São Paulo (519,76) nem no Rio de Janeiro e excluindo a necessidade que as população tem de apenas ter uma moradia, pois paga aluguel e contas.

Enquanto isso, Bolsonaro aproveita para cortar a Bolsa Família de 158 mil, por terem se “emancipado”, ou seja, a ultrapassado renda per capita de até R$ 178 mensais, o passo que as taxas de desemprego aumentam cada vez mais e nos aprofundamos na crise do coronavírus.

O governo segue tomando medidas para que seja a população mais pobre a que mais leve nas costas a crise do coronavírus enquanto faz de tudo para manter o lucro dos empresários.

Para os assalariados, o governo propôs também antecipar férias individuais, decretar férias coletivas, aprofundar o teletrabalho (home office) e o uso de banco de horas, antecipar os feriados não-religiosos.

O Ministério da Economia também sugeriu o absurdo que o Congresso Nacional aprove a redução de jornada com redução proporcional de remuneração, adotando o limite de um salário mínimo na quarta. Além de nas medidas iniciais : adiantar o 13º do INSS e o abono salarial - (só depois de 2 meses da pandemia ter saído da China) repasses que aposentados, pensionistas e trabalhadores já receberiam no segundo semestre. O que só serve para tirar os direitos básicos da população, cortando de quem mais precisa.

Essa política anticiência e anti trabalhador, mostra a incapacidade e do governo e dos capitalistas de solucionar a crise. A saída para controlar o avanço da crise é cortando dos ricos, e dando mais verbas à quem mais precisa, como revogando imediatamente a PEC do Teto de Gastos, e não cortando dos pobres. Tornando lucro das grandes empresas a serviço dos trabalhadores através das taxações das grandes fortunas e também a produção a partir da real demanda - o que só é possível com o controle operário das fábricas e com um sistemas único de saúde 100% estatal e controlado pelos próprios trabalhadores da saúde.




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