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FUNCIONALISMO PÚBLICO | Guedes ataca funcionalismo e diz que suspenderá concursos porque há servidores demais

Enquanto defendia a Reforma da Previdência em sessão da Comissão de Finanças e Tributação, o ministro da Economia defendeu medidas para atacar e sobrecarregar os servidores públicos, precarizar os serviços e abrir ainda mais caminho para a privatização.

terça-feira 4 de junho de 2019 | Edição do dia

Foto: Câmara dos Deputados

Paulo Guedes participou hoje (4) da Comissão de Finanças e Tributação para falar sobre a Reforma da Previdência. Disse que não irá mais realizar concursos públicos e que os governos anteriores contrataram servidores públicos em excesso e concederam reajustes salariais “ferozmente”.

O plano de Guedes é, implicitamente, reduzir em até 40% o quadro de funcionários públicos. Ele afirma: “Nas nossas contas, 40% dos funcionários públicos devem se aposentar nos próximos cinco anos. Não precisa demitir. Basta desacelerar as entradas”. Se não forem repostas essas vagas, há um risco de os serviços ficarem caóticos em diversas áreas, já que esses servidores se aposentarão de forma desordenada, o que promete a paralisia das atividades das áreas em que são competentes.

A formula de Guedes é antiga. Precarizar e boicotar os serviços públicos para depois privatizá-los. E desta vez o alvo não é específico, como o usual (a precarização da educação, da saúde, de uma rodovia, por exemplo) mas geral, e pode comprometer amplos setores públicos em seu funcionamento.

Paulo Guedes até mesmo inventou uma nova palavra: “Acabou o empreguismo, não tem mais isso”. O ministro não parece se sensibilizar com os mais de 13 milhões de desempregados do país, número que chega a quase 30 milhões se somado aos subempregados (pessoas que trabalham menos horas do que gostariam) e desalentados (que desistiram de procurar emprego).

Guedes disse todas essas frases de efeito sem apresentar dados, um plano concreto ou algo que balize qual seriam os servidores parte de sua conspiração contra a população. Com certeza, não deve estar falando dos juízes, de seus funcionários, e nem mesmo de seu salário astronômico.

O plano de Guedes de privatizar tudo é como música no ouvido dos banqueiros e grandes empresários que confiam na possibilidade de esse governo passar as reformas econômicas que vão colocar a classe trabalhadora e o povo pobre de joelhos.

Junto desse ataque o governo tem um plano completo que inclui a Reforma da Previdência, os cortes na educação e uma gama de empresas públicas a serem entregues a banqueiros e grandes empresários. Contra isso, é preciso construir uma saída para que sejam os capitalistas a pagarem pela crise, e não o povo pobre e trabalhador. A começar pelo dia de greve geral nesse 14 de junho (14J).

Leia mais: Tomar a greve geral em nossas mãos: contra o pacto de Bolsonaro, Centrão e STF pela reforma da previdência




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