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LUTA CONTRA AJUSTES NA USP | Greve da Prefeitura da USP dá exemplo de luta e sai com conquistas

Foram 10 dias de uma dura greve de uma das unidades mais combativas da USP: a Prefeitura. Uma luta contra as medidas de desmonte da unidade e a ameaça aos empregos, para resistir ao plano de ajustes que está atingindo o conjunto da USP.

quinta-feira 15 de outubro de 2015 | Edição do dia

Com o apoio de diversos trabalhadores e estudantes, a greve conseguiu uma declaração de que não ocorrerão demissões nem corte de salários, e que eventuais transferências serão feitas com condições dignas de trabalho. As transferências não foram evitadas, porque uma unidade sozinha não pode barrar todos os ataques, porém se marcou com firmeza que o desmonte da Prefeitura não vai acontecer sem grande resistência.

Com reuniões todos os dias, os trabalhadores debatiam profundamente a tática e a estratégia de luta, buscando como se unificar com outros setores para lutar contra os ajustes.

Yuna Ribeiro, trabalhadora da Prefeitura e membro do Conselho Diretor de Base do Sintusp comentou: "Cada reunião foi muito importante. Ouvir, debater e argumentar com vários pontos de vista, fazer uma votação democrática e atuar de modo unificado foi parte decisiva de como conseguimos resistir. Mesmo com todas as dificuldades, a cada dúvida que surgia, havia sempre a certeza e confiança na organização dos trabalhadores. A democracia operária se exerceu com muita força e sem isso não é possível buscar uma saída para os trabalhadores".

Claudionor Brandão, histórico dirigente do Sintusp e demitido político apresentou conclusões. " A luta contra o desmonte da USP continua, e mesmo na Prefeitura esta foi apenas uma batalha. Agradeço os apoios e ressalto que a solidariedade estudantil foi decisiva. O que quisemos mostrar nesta luta foi não somente que a organização e luta dos trabalhadores é poderosa como também diante deste cenário nacional é preciso que os setores da esquerda se coloquem ativamente na luta de classes pra enfrentar neste terreno os ajustes do PT e de outros partidos como o PSDB. Nós do MRT colocamos todas as nossas forças pra fazer forte a luta dos trabalhadores da Prefeitura, com toda nossa juventude e companheiros de outras categorias todos os dias nos piquetes pela manhã. Essa é uma prática que ainda falta na esquerda. Recebemos muitos apoios na Prefeitura, mas se o conjunto da esquerda colocasse todo seu peso militante em conflitos da luta de classes, pra além de atos e encontros, acreditamos que na prática se avançaria pra uma alternativa classista e independente do governo e da oposição de direita. Esse caminho deve ser fortalecido. Estamos colocando todo peso para construir uma paralisação no dia 15/10 como parte da luta por generalizar a luta contra o desmonte e o ajuste em toda a USP, unificando com estudantes e professores e com as lutas em curso".




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