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UNICAMP EM LUTA | Greve aprovada nas Ciências Sociais e História da Unicamp

No dia de ontem (09/05), os estudantes de Ciências Sociais e História da Unicamp realizaram uma das maiores assembleias do instituto, senão a maior dos últimos anos. Com quase 300 estudantes no seu auge, que insistiram em permanecer ali por quase quatro horas, decidiram por GREVE com ampla maioria!

terça-feira 10 de maio de 2016 | Edição do dia

Diversos estudantes que puderam se expressar pela primeira vez em um espaço de assembleia e expressam a profundidade da mobilização que está apenas no começo, reivindicaram as atividades muito cheias de gente e de conteúdo nas discussões desses quatro dias de paralisação que tivemos, afirmando que nossa luta tem todo potencial para seguir forte e vitoriosa, e que precisamos radicalizar nossos métodos.

Ficou marcado o discurso muito forte de que devemos combater o contingenciamento de 40 milhões impostos pela REItoria, os ataques de Alckmin e suas implicações negativas para a contratação de professores, permanência estudantil ou redução no quadro de terceirizados e ir por mais.

A nossa luta será por mais!

Será por cotas raciais na universidade, porque não é possível mais aceitar que a Unicamp seja uma das poucas universidades que ainda não possuem um programa de cotas raciais. Essa pauta é histórica no movimento estudantil e é só com a mobilização forte que estamos construindo que poderemos impor que se tenham cotas não só na Unicamp, mas no conjunto das Estaduais Paulistas.

Pelo #VoltaRufino, estudante da Geografia que foi expulso porque entrou usando o PAAIS e se formou através do ENEM. Um absurdo que querem fazer parecer burocrático, mas expressa o elitismo dessa universidade.

Pela ampliação da moradia, que desde a sua fundação já estava defasada quanto ao número de vagas necessárias para suprir a demanda que hoje está literalmente explodindo, é ampliação ou barbárie! Contra o corte de 500 mil no orçamento de mesas, camas, colchões que virá dentro dos 40 milhões.

Para que todos os deferidos (que tiveram sua documentação aprovada) sejam contemplados nas bolsas Moradia e Auxílio Social! Por bolsas sem contrapartidas, porque a bolsa trabalho que o SAE oferece impõe aos estudantes que precisam dela que trabalhem 15 horas semanais, prejudicando seus estudos e reproduzindo a desigualdade dentro do próprio espaço universitário, além de obrigar que alguns estudantes cumpram a função que um funcionário deveria cumprir, mas sem garantir direito trabalhista algum e ainda tapando buraco para não repor o quadro de funcionários que já é reduzido.

Pelo Fica Pibid, um dos poucos programas da universidade que garantem a formação de professores e estabelece intercâmbio entre universidade e escolas públicas. Desde o ano passado com o governo Dilma, o MEC vem cortando recursos desse programa, e para nós estudantes de Ciências Sociais e de História que muitos desejam ser professores a defesa desse programa é central.

Pelo fim do marco legal de ciência, tecnologia e inovação, que pretende abrir espaço para um processo de privatização da universidade através de incentivos à vinculação da iniciativa privada com pesquisas nas universidades públicas.

Em defesa de todos os funcionários, e que os terceirizados sejam efetivados pela Unicamp sem concurso! Nos inspiramos na luta dos estudantes sul-africanos que conquistaram essa vitória através de sua luta.

Também lutamos contra o ataques histórico ao Sindicato dos Trabalhadores da USP, que vem sendo perseguido pela reitoria por conta de sua tradição combativa através de processos constantes e agora querem arrancar sua sede, onde o sindicato permanece durante décadas, não deixaremos!

Por fim, para nós a luta contra o Golpe segue! Já estamos cansados dessas manobras, acordões e reviravoltas desses políticos sujos! Através da nossa luta contra os cortes da reitoria e do governo Alckmin, construiremos uma forte mobilização contra esse golpe que só quer expandir os ataques aos jovens e trabalhadores. O PT, a CUT e UNE já provaram que preferem negociatas à travar essa luta através da base com greves, paralizações, ocupações e cortes de rodovia. Pois nós vamos! Essa é a forma consequente de lutar contra o golpe e os ajustes, mostrando que a força está nas mãos da juventude, aliada aos trabalhadores!

Nosso mote? “Cotas SIM! Cortes NÃO! Contra o Golpe na Educação. Por permanência e ampliação!”

Em aliança com os demais setores em luta pela educação no estado de São Paulo e no Brasil, como são os secundaristas que hoje ocupam as ETECs em São Paulo, assim como os do Rio de Janeiro que, junto aos professores, combatem os ataques do governo Pezão à educação pública, travaremos uma forte luta estadual em defesa da educação. Greve Geral da Educação e muita radicalidade para derrotar todos os ataques!




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