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GRANDE ACORDO GOLPISTA | ’Grande acordo nacional’ de Jucá e Sérgio Machado não merece inquérito para Janot

terça-feira 12 de setembro de 2017 | Edição do dia

No país em que protestar contra o presidente golpista Michel Temer pode ser considerado um ato de terrorismo, o Procurador geral da República Rodrigo Janot garante que a lei tem dois pesos e duas medidas, pedindo o arquivamento do inquérito sobre o conspirador Romero Jucá, pego em gravação de conversa com Sérgio Machado enquanto combinavam um "grande acordo nacional", que segundo eles deveria ser com o "supremo, com tudo", para "estancar a sangria".

Para quem não lembra, no áudio Machado (PMDB) dizia que a alternativa era "botar o Michel", ou seja, um descarado áudio que anuncia o golpe parlamentar levado adiante com ajuda da mídia, patrocínio da FIESP e de toda patronal, e apoio de grande parte da classe média, tudo com o objetivo de acelerar os ataques iniciados por Dilma contra os trabalhadores.

Sérgio Machado afirmou depois, em delação, que o planejado seria parar a Lava-Jato, porém vemos que não é preciso muito esforço por parte da casta política, já que a Lava-Jato antes de tudo avalizou o golpe institucional anunciado previamente no áudio da conversa dos dois, e que além disso, agora Janot encontra problemas para justificar os super privilégios concedidos aos capitalistas durante os acordos de leniência e delações premiadas fechadas entre o ministério público e os "colaboradores".

Para Janot, no entanto, mesmo assim não houve provas suficientes para iniciar o inquérito. Segundo ele, não haveria uma ação concreta e sim apenas a conversa. Com esta decisão, o Ministério Público Federal "legalizou" a conspiração dos políticos de alto escalão, que não merece a abertura de inquérito por parte do STF.

Já contra os que não conspiram, mas abertamente e democraticamente se manifestam contra este governo golpista de Michel Temer que quer nos atacar através de suas reformas, o que a justiça burguesa e o ministério público reservam é o tratamento de terroristas, como ocorrido com os 21 presos em São Paulo em protesto contra Temer em 2016, que através da ação do militar infiltrado capitão Botelho, estão sendo processados em liberdade, em segredo de justiça, pela acusação de associação criminosa e corrupção de menores, unicamente por protestar e não se intimidar com as bombas da repressão policial.




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